António Eusébio, presidente da Câmara Municipal de S. Brás de Alportel, no Algarve, acredita que, nos próximos meses, mais concelhos, de várias regiões, poderão aderir à rede internacional que tem como símbolo o caracol.

Segundo o autarca, os cinco municípios portugueses já criaram uma associação para começar a trabalhar no alargamento da rede nacional. Os fundadores propõem-se, com esta associação, “combater assimetrias, potenciando os seus recursos naturais, patrimoniais, históricos e gastronómicos”.
Para António Eusébio, as características destes concelhos poderão potenciar investidores no setor do turismo, para além de atrair visitantes, dinamizando as economias locais.

Os municípios algarvios de S. Brás de Alportel, Tavira, Silves e Lagos foram os primeiros, em Portugal, a verem aprovadas as suas candidaturas pela Associação Internacional das Cittaslow, seguindo-se, em 2011, a adesão de Vizela, no distrito de Braga.

Mais recentemente, a autarquia de Viana do Castelo apresentou a sua candidatura, estando a aguardar a respetiva aprovação, o que deverá ocorrer em junho, na Turquia.

“O objetivo é podermos trabalhar em rede, potenciando o que cada um de nós tem, intrinsecamente, de melhor. Todos temos a mesma classificação internacional e isso dá-nos bases para trabalharmos cá dentro e lá fora”, explicou o autarca de S. Brás de Alportel, que preside à associação portuguesa.

O autarca explicou à Lusa que todos os concelhos com esta classificação têm em comum o facto de olharem para o turismo sustentado como uma prioridade em termos de desenvolvimento.

“Estamos a trabalhar nessa direção. Com esta associação, já não é um município a lutar, mas um conjunto deles a trabalhar em prol de um todo que é o nosso país”, afirmou ainda.

A ‘Cittaslow’ internacional está a trabalhar com a União Europeia num conjunto de propostas para sejam criados apoios financeiros destinados a projetos apresentados pelas 150 cidades que integram esta rede.

A certificação das cidades ‘Cittaslow’ assenta em 60 critérios, divididos por seis categorias.

Na avaliação das candidaturas são apreciados os indicadores de meio ambiente, infraestruturas, tecnologias para a qualidade urbana, valorização das produções autóctones, consciência dos cidadãos, coesão social e trabalho em rede.

Lusa