“A mensagem é a de sempre. O Papa Francisco não nos tem dito coisas novas. A novidade está nos gestos, na atitude pessoal”, evidenciou D. Manuel Quintas, destacando “a simplicidade, a humildade, o espírito de serviço aos mais pobres e aos últimos, a alegria de ser discípulo de Cristo”.
Na missa do Domingo de Páscoa, a que presidiu na Sé de Faro, o prelado lembrou que esta vontade de renovação começou com Bento XVI. “Quis o Papa emérito Bento XVI assinalar a passagem dos 50 anos do início do Concílio Vaticano II com a promulgação de um Ano da Fé (de outubro 2012 a novembro de 2013). Com esta iniciativa pretendia responder a uma inquietação que vinha manifestando em algumas intervenções relativamente à necessidade imperiosa de renovação ou reforma na Igreja”, recordou.
D. Manuel Quintas considera que a Igreja está já a viver este desejado tempo de renovação. “Sentimo-nos verdadeiramente a viver o tempo do Espírito que, em resposta à oração da mesma Igreja, a assiste e a renova na fidelidade à missão que Cristo lhe confiou”, afirmou.
O bispo do Algarve advertiu ainda que essa renovação inclui, necessariamente, os cristãos, como consequência da vivência da Páscoa. “Celebrar a Páscoa deve significar para todos, à luz da fé em Cristo ressuscitado, que também nós somos convidados a esta renovação como membros, cada vez mais, conscientes e vivos desta Igreja que somos”, frisou.
Neste sentido, D. Manuel Quintas lembrou que Bento XVI indicou aos católicos de todo o mundo o que esperava de cada um neste Ano da Fé. “Indicou-nos o caminho da nossa renovação pessoal e da revitalização da nossa condição de discípulos de Cristo ressuscitado e membros da Igreja”, destacou.
Cintando o Papa emérito, lembrou que é preciso “conhecer a força e a beleza da fé; redescobrir os seus conteúdos fundamentais; aprofundar o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo a assumir uma adesão pessoal ao evangelho, a testemunhar publicamente a fé num momento de profunda mudança para a humanidade e a refletir na própria vida a identidade da Igreja”.
Samuel Mendonça