"Há grande dificuldade na contratação de trabalhadores temporários, devido à saída de milhares de pessoas do país, maioritariamente imigrantes que asseguravam estes serviços", disse à agência Lusa o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
Segundo Elidérico Viegas, "esta mão de obra não especializada era prestada, maioritariamente, por imigrantes do leste da Europa e do Brasil, que, "devido à situação económica do país, regressaram aos seus países de origem, ou procuraram melhores condições de trabalho noutros países da Europa".
"Eram trabalhadores contratados por períodos de seis meses para a época turística, e que começaram a ser contratados por períodos cada vez menores, o que os levou a sair", destacou.
"Infelizmente, nem nos centros de emprego existem", lamentou.
É que, segundo Elidérico Viegas, as pessoas inscritas nos centros de emprego "têm qualificações a mais e, como tal, não estão habilitadas nem disponíveis para exercer este tipo de serviços".
"É cada vez mais difícil ter mão de obra disponível para responder às necessidades sazonais dos empresários algarvios, porque estes trabalhadores são necessários apenas para períodos muito curtos", observou.
Lusa