Segundo Gonçalo Dias, responsável pelos jovens nesta paróquia, “a comunidade envolveu-se por inteiro, mantendo todas as noites vigílias de oração que interpelaram, à contemplação, reflexão e introspecção de um símbolo de dor, tortura e morte, que foi utilizado por Jesus para se entregar por nós”.
Durante a semana, esta paróquia meditou ainda, em questões como: “Quantas vezes passamos pela cruz de Cristo e não a entendemos? Quantas vezes a cruz de Cristo passa por nós, em cada um dos nossos irmãos, e não nos damos conta? O que posso eu fazer para atenuar a cruz dos meus irmãos que sofrem, especialmente os Haitianos?”. Numa acção de resposta a estas perguntas que “foram algumas das realidades com que nos cruzamos nestes dias”, Algoz apelou à generosidade das pessoas, fazendo “um pequeno peditório pelas vítimas do Haiti, local onde a cruz de Cristo é mais visível.”, acrescentou aquele responsável à FOLHA DO DOMINGO.
Na última noite, esta paróquia organizou uma vigília de “oração simples, que foi marcada pela liturgia das horas, pelos cânticos de Taizé, pela escuta da Palavra e pelo maior dos encontros com Deus, o silêncio do coração. A igreja encontrava-se à luz de velas, estando a cruz iluminada. Os jovens estavam no chão sobre mantas e tapetes, o que permitiu uma proximidade muito especial com a Cruz e com os outros participantes.”
No final desta cerimónia, a Cruz foi entregue à paróquia da Guia, onde permaneceu até dia 12 de Fevereiro, altura que foi entregue à paróquia de Pêra onde estará até à próxima sexta-feira, dia 19.
Esta entrega aconteceu na igreja matriz, numa vigília presidida pelo pároco Manuel Condeço, prior da paróquia da Guia, com a presença de uma centena de pessoas, vindas das paróquias de Algoz, Silves, Pêra e Guia.
O presidente da celebração destacou a importância da Cruz para os adolescentes e o desempenho destes, durante toda a semana.
A responsável da catequese, Paula Simões, adiantou à FOLHA DO DOMINGO que “foi com algum sacrifício que conseguimos realçar o quanto é para nós a Cruz de Cristo”, no entanto, salienta que “esta iniciativa foi muito positiva para fazer movimentar os nossos adolescentes, uma vez que não há jovens na paróquia de Guia”.
Lúcia Costa