
O padre José Manuel Pacheco, de 55 anos, regressou no passado fim de semana ao Algarve para celebrar, em Odiáxere, a sua terra natal, os 25 da sua ordenação sacerdotal. O sacerdote congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas) presidiu no sábado à vigília de oração que teve lugar na igreja paroquial e, ontem, à eucaristia que ali foi celebrada.

Nascido naquela vila do concelho de Lagos, a 13 de maio de 1964, o sacerdote foi batizado na igreja paroquial a 6 de setembro daquele ano. Aos 7 anos fez a primeira comunhão e aos 13 entrou para a catequese. Com 23 deixou a terra natal para ingressar no Seminário Redentorista de Cristo Rei em Vila Nova de Gaia.
“Descobri que um homem chamado Afonso de Ligório, que era advogado, descobriu que o Senhor o chamava para a missão, para ser sacerdote. Eu, que era professor, senti semelhança com a história de Santo Afonso. Também o Senhor me chamava para ser sacerdote”, contou, ontem na eucaristia, o padre José Manuel Pacheco, lembrando a história do fundador da sua congregação que conheceu através dos padres redentoristas que vieram para Lagos em 1969.

Mas o caminho não foi sempre claro. “Quando tive dúvidas aos 23 anos, uma religiosa dizia-me: «não tenhas medo, quando Deus chama Ele ajuda a responder»”, testemunhou, lembrando que no dia 29 de setembro de 1991, em Itália, na casa-mãe da congregação fez a profissão de redentorista. Depois de três anos de estudo em Lisboa, em 1994 foi ordenado primeiro diácono e depois sacerdote no dia 8 de dezembro em Vila Nova de Gaia, tendo celebrado a Missa Nova no dia 11 daquele mês em Odiáxere.

“Tudo isto é uma história de amor que Deus vai fazendo connosco. Deus é sempre surpresa e novidade. Como o foi na vida de Maria, também foi na minha. Quando eu era pequeno e me diziam «podes ser padre» sempre disse «não». Não imaginava estar hoje aqui”, afirmou, explicando que a ligação à padroeira de Odiáxere, Nossa Senhora da Conceição, foi sempre forte. “Sempre marcou a minha meninice, a minha infância”, contou.

O aniversariante lembrou que Santo Afonso de Ligório fundou os sacerdotes do Santíssimo Redentor para estarem “onde é necessário, onde os outros não estão e é preciso”. “Peço ao Senhor que me ajude a descobrir diariamente esta realidade de estar onde Ele quer e onde Ele precisa. Às vezes, não compreendemos. É sempre misterioso e surpreendente o caminho de vocação, mas Ele tem coisas maravilhosas guardadas para nós”, concluiu na celebração, concelebrada pelo padre Eugeniusz Fasuga, coordenador da comunidade redentorista de Lagos – que o veio substituir depois de 16 anos de trabalho naquele concelho e no de Vila do Bispo –, e pelo padre Manuel Acácio Matos, em representação do superior provincial do Missionários Redentoristas.