O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) considerou ontem “totalmente exequível” a limitação a dois terços da capacidade dos transportes públicos rodoviários na região, já que não se prevê um aumento significativo da sua utilização.
“Numa primeira fase não é difícil garantir os dois terços, até porque a maior parte das escolas continuam fechadas e também nem toda a atividade económica estará a funcionar”, disse à agência Lusa o presidente da AMAL, António Pina.
De acordo com o plano para a reabertura da atividade económica e social, ontem divulgado após a reunião do Conselho de Ministros, a partir da próxima segunda-feira (04 de maio), nos transportes públicos a lotação será de dois terços da capacidade.
Além disso, será obrigatório o uso de máscara nos transportes públicos, que serão higienizados.
Segundo António Pina, a rede de transportes públicos rodoviários no Algarve tinha sido reduzida há cerca de um mês, porque a sua utilização era mínima, “quase residual, e o concessionário tinha apresentado um prejuízo de cerca de 200 mil euros”.
“Face a esse cenário, que se verifica desde há mês e meio, não vejo que esta medida seja difícil de cumprir”, destacou.
O responsável da associação, que reúne os 16 municípios do Algarve e entidade gestora dos transportes públicos rodoviários na região, perspetiva que o aumento da utilização dos transportes na região “apenas aumente quando a atividade económica se intensificar”.
“Nessa altura, veremos então, o que teremos que fazer”, concluiu.
O Conselho de Ministros aprovou ontem o plano de transição de Portugal do estado de emergência, que cessa no sábado, para o estado de calamidade.