O diretor do Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve alertou que “nenhuma vocação cresce sozinha, isolada, por vontade pessoal, mas sempre a partir de Deus e com a ajuda daqueles que Ele coloca no caminho” de cada pessoa.

O padre António de Freitas, que também é o reitor do Seminário da Diocese do Algarve, falava na vigília de oração a que presidiu na Sé de Faro no passado sábado, no contexto da Semana das Vocações que se realizou de 1 a 8 de maio.

“Sozinhos nem sempre é fácil compreender a vontade de Deus. Sozinhos, por vezes, não sabemos o que lhe responder”, prosseguiu o sacerdote na vigília concelebrada pelo padre Samuel Camacho.

O padre António de Freitas referiu-se à necessidade de estar “atentos de Deus e, sobretudo, àqueles que são os instrumentos que medeiam a sua voz” e o “coração” de cada um. “É importante estarmos atentos aos que estão à nossa volta, na nossa comunidade, na nossa casa, onde estamos, e que tantas vezes podem ser voz, rosto, sinal, ajuda de Deus para compreender ao que Ele nos chama”, afirmou.

“É preciso deixar que Jesus nos surpreenda e brote da espontaneidade da nossa vida o diálogo sincero com Ele”, prosseguiu, garantindo que “é preciso continuar a rezar, mas sobretudo é preciso pedir que cada vocacionado encontre no encontro com Jesus o lugar mais profundo onde se desvenda o mistério que Deus tem reservado para cada um”.

“Sem oração não há vocações. Sem oração nenhum vocacionado percebe a vontade de Deus a seu respeito. Sem oração, os que já estamos no ministério, na vida consagrada, no matrimónio, não podemos perseverar na vocação a que fomos chamados”, alertou.

“Precisamos de rezar, pedindo ao Senhor que faça surgir vocações. Precisamos de rezar para que nós, que já descobrimos a vocação de Deus a nosso respeito, possamos permanecer fiéis e abertos ao Espírito, para que Ele continue a atuar e a dizer-nos aquilo que o Senhor tem a dizer-nos à nossa vida”, concluiu.