O bispo do Algarve assinalou ontem o III Dia Mundial dos Avós e Idosos, celebração instituída pelo Papa Francisco que se assinala em todas as dioceses, este ano com o tema “A sua misericórdia se estende de geração em geração”, uma passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 50).
“Ter avós é um dom e ser avó ou avô é um privilégio”, começou por afirmar D. Manuel Quintas na Eucaristia a que presidiu ontem na igreja matriz de Lagoa, acrescentando ser preciso “olhar para a velhice não como um tempo em que perdemos faculdades, mas como um tempo em que se adquire a arte de se centrar no essencial e pôr de lado o provisório”. “A vida ensina, quando chegamos a esta idade, a olhar para aquilo que vale a pena. Isto é uma arte. E é muito importante transmitir isso aos mais novos. E só se consegue centrar no essencial quando vemos com o coração. A velhice é assim a idade de olhar para mundo, para os outros com o coração”, sustentou.
No dia anterior, o bispo do Algarve também tinha aludido, na Eucaristia a que presidiu na ermida do Carvoeiro, à importância do diálogo intergeracional “tão enriquecedor” que o papa refere na sua mensagem escrita para o dia de ontem. “Aliás, ele recomenda: antes de irdes para Lisboa falai com os vossos avós, falai com alguém idoso. O Papa aproveita também da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para salientar este diálogo e, sobretudo, a misericórdia que passa de geração em geração”, afirmou D. Manuel Quintas aos jovens, lembrando que Francisco procurou este ano aliar, simbolicamente, a JMJ à celebração do Dia Mundial dos Avós e Idosos.
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