“Vou «oferecer-vos» novas instalações que a curtíssimo prazo podem ocupar”, anunciou o presidente da autarquia, interrompido pelo sonoro aplauso da assembleia.
O acordo agora estabelecido surge no âmbito de uma permuta entre a autarquia e a paróquia que visa a troca de um terreno, doado o ano passado à comunidade paroquial na periferia da cidade e que interessa à Câmara por questões sociais, pelo antigo edifício-sede da Caixa Agrícola com cinco pisos com cerca de 300m2 cada, sito na rua França Borges, número 26.
O segundo piso do edifício em causa, comprado pela autarquia à entidade bancária, foi agora cedido ao agrupamento do CNE, mas o presidente da Câmara garantiu que a permuta incluirá todo o prédio. “Não é intenção nossa recuperar o edifício. Estamos a tratar da permuta do edifício todo para a Fábrica da Igreja Paroquial da freguesia de Portimão”, referiu Manuel da Luz, lembrando que a paróquia “responsabiliza-se pela segurança, gestão, limpeza e manutenção de referido piso, assumindo ainda as despesas inerentes aos consumos de água, luz e condomínios no caso de estas últimas existirem”.
Em declarações à FOLHA DO DOMINGO, o padre Mário de Sousa, pároco da matriz de Portimão, fez saber que conta “colocar ali todos os serviços da paróquia, inclusive a catequese”. “O que significa que 700 crianças, com as suas famílias, vão circular à volta do edifício no centro histórico, o que permite também revitalizar aquela zona da cidade”, destacou.
O chefe do Agrupamento de Portimão regozijou-se com o acordo alcançado. “Permite sairmos de uma sede, na qual já não cabemos todos. Era uma sede para 70 elementos e neste momento já somos cerca de 150”, sustentou Álvaro Bila, acrescentando que a antiga sede já não reúne as condições de segurança “mais convenientes”.
Recorde-se que os escuteiros de Portimão estavam sedeados num exíguo espaço anexo à igreja do Colégio, que após a sua saída irá precisar de ser recuperado e, segundo o pároco, “exigirá uma grande despesa”.
Também o bispo do Algarve manifestou a sua “gratidão pelo reconhecimento do município de Portimão à ação dos escuteiros” com a assinatura deste protocolo. “Certamente o Agrupamento de Portimão pode encarar os próximos 50 anos com um muita esperança, assumindo o compromisso de continuarem a servir a comunidade local”, afirmou D. Manuel Quintas.
Samuel Mendonça