Cedida pela Câmara de Lagos a 27 de outubro do ano passado, a antiga escola EB 1 n.º 2 (Rossio da Trindade) da cidade acolhe agora os 68 elementos das quatro secções, dos 6 aos 22 anos, os nove chefes e os quatro candidatos que compõem o agrupamento.

“A sede que tínhamos já não oferecia condições. Era uma cave subterrânea de um prédio, sem condições de higiene e a precisar de uma desinfestação. Para além disto, em caso de acidente, não oferecia condições de segurança”, explica o chefe de agrupamento, Carlos Sequeira, garantindo que a nova sede, apesar de necessitar de “alguns melhoramentos”, “está dimensionada para uma grande quantidade de efetivos” e tem as condições de segurança asseguradas.

Para além disso, aquele dirigente destaca o espaço envolvente ao edifício. “Não estamos confinados a quatro paredes, podendo desenvolver, com plenas condições, as atividades escutistas”, sustenta.

José António Santana, um dos dirigentes do agrupamento, o único que ainda é do tempo da sua fundação, diz que o balanço destes 50 anos de vida é “ótimo”, apesar de “haver fases mais positivas do que outras”. “Na altura da fundação, os tempos eram muito diferentes, a época era outra e a conjuntura era totalmente diferente. Agora, a adesão até é maior. Há muitos mais miúdos e mais juventude”, destaca.

Apesar disso, o chefe Carlos Sequeira, destaca que uma das principais dificuldades de hoje, relativamente à época da fundação do agrupamento, prende-se com a “grande oferta” de atividades associativas, lúdicas e desportivas posta à disposição das novas gerações. “Existem muitas mais opções do que existia antes e os jovens têm dificuldade em decidir qual delas pretendem”, complementa, acrescentando que “mesmo as oscilações de números de efetivos resultam desta dificuldade porque os miúdos tendem a experimentar várias ofertas”.

Samuel Mendonça