“Albufeira têm muita dificuldade em admitir polícias municipais, porque a forma de admissão é muito exigente e complicada (…). Tenho um corpo municipal que devia ter 30 ou 40 agentes e neste momento só tenho cinco agentes por dificuldade de contratação”, declarou à Agência Lusa, o presidente da Câmara, Desidério Silva.

O autarca de Albufeira reuniu-se hoje com a secretária de Estado do MAI, Dalila Araújo, e transmitiu-lhe as suas preocupações relacionadas com a segurança comunitária, sugerindo mais policiamento de proximidade, polícias noturnos e um projeto de videovigilância, com o objetivo de prevenir crises relacionadas com insegurança.

“A autarquia de Albufeira está disponível para avaliar os prós e os contras com as questões da videovigilância em função de uma ou duas áreas já identificadas”, declarou à Lusa o presidente Desidério Silva, que salvaguardou a forma como essa videovigilância pode vir a ser colocada para proteger a privacidade.

O presidente da Câmara de Albufeira, elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da GNR, os cinco presidentes das Juntas de Freguesia de Albufeira e um representante do Governo Civil estiveram reunidos durante mais de duas horas com a secretária de Estado do MAI a falar sobre a segurança comunitária.

“Eu não quero que haja nenhuma crise, mas para não haver nenhuma crise obviamente que temos de agir e temos que ser preventivos (…) e por isso pedimos e exigimos que seja o Estado a fazê-lo”, declarou Desidério Silva, sublinhando, que apesar de atualmente se viver um clima de “total serenidade” é necessário corrigir a tempo e prevenir situações que possam “ser complicadas”.

Desidério Silva sugere que se realizem “algumas correções pela positivas” no concelho, nomeadamente reforçando o policiamento e as formas de o fazer.

E declarações à Lusa, a secretária de Estado do MAI, Dalila Araújo, revelou que em Albufeira os crimes relacionados com furto no interior de residência e os furtos na via pública diminuíram no primeiro semestre deste ano em relação ao período homólogo de 2009 e sublinhou a ideia de que aquele concelho algarvio é “seguro”.

“Se comprarmos a criminalidade participada deste primeiro semestre com o primeiro semestre do ano anterior, registámos menos 180 crimes de uma tipologia que é a mais relevante que são os crimes contra o património”, declarou aquela responsável.

A diminuição dos crimes contra o património explica-se a um “conjunto de circunstâncias”, referiu Dalila Araújo, nomeando as 24 horas sobre 24 horas de vigilância da GNR, mais policiamento de proximidade e mais tecnologias.

Dalila Araújo admitiu que Albufeira tem “circunstâncias diferentes”, pela dispersão territorial de residências e pelas zona de forte concentração de diversão noturna e forte concentração de pessoas nas praias.

Em 2009, 45 por cento das dormidas turísticas no Algarve ficaram em Albufeira, concelho algarvio que mais cidadãos de nacionalidades diferente regista.

Lusa