O Seminário é organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e a aldeia, que conta já 17 anos e foi doada ao museu em 1993, foi uma das cinco finalistas selecionadas na 3.ª edição do Prémio, na categoria Experiências de Sensibilização e Formação, entre mais 62 candidaturas de Espanha, Itália, Grécia e Portugal.

Idealizada e criada por Pedro Reis, que gastou quatro anos e meio a construí-la, a localidade imaginária fortificada está situada à beira-mar há cinco séculos, tem traços da paisagem e arquitetura algarvias, feitos históricos e lendas associadas à sua fundação e foi apresentada ao Prémio Mediterrâneo da Paisagem do programa Pays.Med.Urban pelo Grupo de Estudos Algarvios.

O vencedor será conhecido a 21 de janeiro, em Sevilha, Espanha, depois de os cinco finalistas terem sido escolhidos em novembro, na cidade espanhola de Múrcia, pelo Comité Transnacional constituído por jurados de cerca de 15 regiões de Espanha, Itália e Grécia e Portugal, entre elas a CCDR Algarve.

“‘Nossa Senhora do Forte – a paisagem do imaginário’ será apresentada aos participantes no Seminário de Sensibilização em Paisagem, promovido pela CCDR Algarve, no âmbito da medida 6.A, ‘Sensibilização’ da Convenção Europeia da Paisagem, e do programa comunitário PAYS.MED.URBAN”, explicou a organização.

Esta medida, segundo a convenção, determina que “cada uma das partes se compromete a incrementar a sensibilização da sociedade civil, das organizações privadas e das autoridades públicas para o valor da paisagem, o seu papel e as suas transformações”.

Cristiano Cerol é um dos organizadores da Festa da aldeia, que se realiza todos os anos no penúltimo sábado de junho, e explicou à Lusa que, apesar de ser uma localidade em miniatura, as pessoas “levam aquilo muito a sério e consideram-se fortenses (habitantes da Aldeia da Nossa Senhora do Forte)”.

“A paisagem influencia a vida das pessoas e a Festa da aldeia reflete isso. Apesar de ser em miniatura e ter cerca de quatro metros quadrados, aceitámos o desafio e aventurámo-nos a apresentar a candidatura com aldeias reais e projetos de alguma dimensão, conseguimos ser a terceira mais votada e ficar entre os cinco finalistas”, sublinhou.

Cerol explicou que na Festa as pessoas reúnem-se junto à maqueta da localidade, no museu de Lagos, e o seu criador, “Pedro Reis, dá as boas vindas, músicos locais fazem as suas apresentações, são entoados os dois cânticos da aldeia e é apresentado o último livro realizado, geralmente partes da monografia da aldeia, que tenta preservar a paisagem algarvia, a cultura e tradições”.

O seminário tem início às 09:30 e os trabalhos prolongam-se até às 16:30, contando com a participação do presidente da CCDR Algarve, na abertura, e com arquitetos paisagistas do organismo e de municípios algarvios.

Lusa