A distinção deve-se ao “compromisso ético” de Lídia Jorge com “as causas de dignidade do povo português e por ser autora de uma extensa e intensa obra, valorizada tanto em Portugal como nos diversos países onde está traduzida, na qual a mulher portuguesa ocupa um lugar central”, afirma a editora citando a organização.

O galardão é entregue à autora de “A última dona", no decorrer da XIV edição dos prémios daquela instituição galega.

Para a AELG, Lídia Jorge “é talvez a escritora em atividade mais reconhecida das letras portuguesas, afirmação com a qual concordam a crítica mais exigente e o público leitor”, afirma a organização citada pelas Publicações D. Quixote.

Lídia Jorge, de 66 anos, passa a integrar um panteão no qual figuram também Pepetela, Mahmoud Darwish, Nancy Morejón, Elena Poniatowska, Juan Gelman, Antonio Gamoneda e José Luís Sampedro.

Natural de Boliqueime, Lídia Jorge estreou-se na literatura em 1980, com “O dia dos prodígios”, tendo já publicado uma dezena de romances, uma peça, dois títulos infanto-juvenis, um ensaio e quatro livros de contos.

“Cais das Merendas”, “Notícia da Cidade Silvestre”, “O Vale da Paixão”, “O Vento Assobiando nas Gruas” e “A Noite das Mulheres Cantoras” são alguns dos títulos dos seus romances.

“A Maçon” constitui a sua única experiência na área da dramaturgia.

A autora recebeu vários prémios, entre os quais o Malheiro Dias, da Academia das Ciências de Lisboa, em 1981, o Dom Dinis, da Fundação Casa de Mateus, em 1988, o Jean Monet de Literatura Europeia para o Escritor do Ano, em 2000, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 2002, e o Prémio Michel Brisset, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses, em 2008.

Lusa