A diocese madrilena organizou pelo quinto ano consecutivo este encontro de famílias cristãs, que chegaram do país vizinho e de várias nações europeias, reunidas numa celebração presidida pelo arcebispo local, cardeal Rouco Varela, acompanhado por mais de 40 cardeais e bispos europeus.
O encontro que teve início às 14h30 locais (menos uma em Lisboa) com momentos de animação musical, oração e testemunhos pessoais junto da Praça Colón, no centro de Madrid, teve continuidade com a missa pelas famílias cristãs, presidida pelo arcebispo madrileno.
Segundo a agência Ecclesia, na mensagem que enviou aos vários milhares de participantes neste evento, o Papa criticou as “muitas forças mundanas” que, do seu ponto de vista, “ameaçam o grande tesouro da família”.
A mensagem papal, lida aos participantes pelo cardeal Rouco Varela, também presidente da Conferência Episcopal Espanhola, assinalou a “imprescindível dimensão educativa da família”, na qual se “aprende a conviver, se transmite a fé”. Neste sentido, Bento XVI desejou que essa dimensão possa “receber um alento especial no Ano da Fé”, que se inicia em outubro de 2012.
O Papa desafiou os presentes a invocar de Deus “a ajuda necessária” para superar as dificuldades, “uma ajuda certa, fundada na graça do sacramento do matrimónio”.
O encontro das famílias cristãs em Madrid recorda, este ano, a realização da Jornada Mundial da Juventude que, em agosto, levou mais de dois milhões de pessoas à capital espanhola.
O Papa também evocou este acontecimento, com “emoção inesquecível”, convidando os jovens a agradecerem “o dom da família”, defendendo a “autêntica dignidade desta instituição primária para a sociedade e tão vital para a Igreja”.
Os promotores deste encontro, que tem vido a ganhar dimensão internacional, quiseram sublinhar o papel da instituição “como resposta perante a crise social e económica”.
D. Antonio Rouco Varela disse, na homilia da missa a que presidiu, que se vivem tempos “difíceis para as famílias, nascidas com o objetivo de se constituírem e configurarem como uma comunidade íntima de amor conjugal, fiel, indissolúvel e aberta sem desnaturalizações voluntárias”. “Quanto custa hoje a uma sociedade tão fortemente influenciada e condicionada por uma visão materialista e egocêntrica do homem e da sua história compreender e aceitar o Evangelho da vida, do matrimónio e da família”, acrescentou o cardeal.