“O livro pretende ser uma contribuição para a internacionalização do turismo português”, refere o empresário à Agência Lusa, que lembra o facto de o golfe não estar a crescer na Europa e nos Estados Unidos, pelo que afirma: “É essencial agarrar e promover o que temos”.
Andre Jordan recorda que nos últimos anos passaram pelos campos de golfe do Algarve cerca de 20 milhões de jogadores e defende a importância da criação de um plano de fidelização, que os incentive a voltar.
Responsável pela construção de nove campos de golfe, oito dos quais no Algarve, Jordan entende que muito do futuro do turismo “passa pelo aproveitamento dos equipamentos”.
“É muito prestigiante Portugal conseguir ser membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas isso não põe pão na mesa”, afirma, lembrando a importância do turismo de qualidade para o país e em particular para o Algarve.
Com o livro, com uma edição em português e outra em inglês, Andre Jordan pretende também “consolidar numa obra só o esforço feito por muitos para o desenvolvimento do turismo e do golfe”.
Nascido na Polónia e com cidadania luso-brasileira, Andre Jordan foi o mentor do projeto Quinta do Lago, construído há mais de 30 anos, e no qual se situa o seu campo de golfe preferido, apesar de admitir, que “a escolha é difícil”.
Dos primeiros anos da Quinta do Lago, logo após o 25 de abril, recorda, no livro, episódios curiosos, como o dia em “apareceram no ‘driving range’ dois homens que queriam pôr o gado a pastar”.
Aos 77 anos, o promotor de vários projetos imobiliários e de eventos de golfe admite que “jogou golfe, há alguns anos”, mas garante que agora não o faz.
“Não jogo golfe, prejudicava a minha imagem”, afirma o empresário, que considera essencial uma dinamização da modalidade entre os portugueses.
“O golfe português precisa de uma nova era, com um trabalho que junte as escolas, os clubes, a federação e os campos privados que, a esse nível têm pouca utilização”, disse.
No prefácio de “Ahead of the game”, que será apresentado hoje, Andre Jordan manifesta-se orgulhoso por muito do que fez em prol da modalidade e do turismo e admite que, entre todas as suas áreas de negócios, o golfe tem sido a que mais satisfação e menos preocupações lhe tem dado.
Lusa