A iniciativa, que contou com a participação total de 52 pessoas (incluindo esposas e filhos dos ex-seminaristas), realizou-se no âmbito das celebrações do Dia de São José, patrono do Seminário de Faro, que ocorreu ontem, dia 19.

O encontro realizou-se no próprio Seminário de São José e teve início logo de manhã com a celebração da eucaristia presidida pelo padre Luís Gonzaga, membro da equipa formadora, na capela da instituição, seguindo-se depois a sessão de boas-vindas com o bispo do Algarve.

D. Manuel Quintas, que considerou aquele dia “muito sugestivo e significativo”, frisou o significado do Seminário do Algarve para a diocese. “É desta instituição que sai o rejuvenescimento da diocese. O Seminário é o «coração que bombeia o sangue» que rejuvenesce a nossa Igreja diocesana. Tudo aquilo que possa ajudar a rejuvenescer este «coração» e esta instituição ajuda a rejuvenescer a própria diocese”, afirmou, referindo-se à importância daquela iniciativa. “É uma mais-valia, não só para o Seminário, mas para a nossa Igreja diocesana que se continue a realizar este vosso encontro”, disse.

Após, o acolhimento do prelado, realizaram-se alguns jogos tradicionais e, à tarde, depois do almoço no refeitório do Seminário de São José, decorreu o convívio cultural que contou com a atuação do fadista algarvio Hélder Coelho e terminou com um lanche com produtos regionais trazidos pelos participantes.

Os ex-seminaristas presentes foram alunos do Seminário de Faro de 1940 a 1999, mas a esmagadora maioria frequentou a instituição nas décadas de 50 e 60, época particularmente fértil no que respeita às vocações ao sacerdócio, em que o Seminário do Algarve acolhia cerca de meia centena de seminaristas por ano. “Foi uma época em que o então bispo do Algarve, D. Francisco Rendeiro, implementou uma grande sensibilização vocacional no norte do país, realizada por padres do Seminário de Faro, sobretudo na Diocese da Guarda. Foi assim que muitos jovens vieram para a instituição”, explicou à Folha do Domingo o cónego José Pedro Martins, atual reitor da instituição.

Na sua maioria já aposentados, estes ex-seminaristas abraçaram as mais diversas profissões durante a sua vida profissional, seguindo cada um o seu caminho. Alguns foram funcionários públicos, diretores hoteleiros, bancários, juristas, psicólogos ou professores. Outros emigraram para países estrangeiros em busca de melhores condições de vida. No entanto, a passagem pelo Seminário de Faro permanece nas suas vidas como um marco indelével que todos os anos fazem questão de celebrar em conjunto.

Samuel Mendonça