Os armadores da pesca do cerco algarvios retomaram na passada quinta-feira a atividade piscatória que tinha sido suspensa na terça-feira, após terem encontrada uma solução para a venda em lota dos contentores com mistura de pescado, disse fonte dos armadores.
De acordo com o presidente da Organização dos Produtores de Pesca do Algarve (OLHÃOPESCA), Miguel Cardoso, o acordo “satisfaz a pretensão dos armadores” e foi conseguido durante uma reunião entre as organizações representativas do setor, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e a administração da Docapesca no passado dia 11 deste mês.
“Foi encontrado um ajustamento para a triagem e pesagem por amostragem dos pequenos pelágicos – sardinha, carapau e cavala – acondicionados em contentores, de forma a cumprir a legislação e sem por em causa a qualidade do pescado”, disse à agência Lusa Miguel Cardoso.
Segundo o representante dos armadores do Algarve, “este novo método adapta-se à realidade da pesca do cerco e vai ao encontro das pretensões dos profissionais do setor”.
Na terça-feira, os cerca de 50 armadores algarvios da pesca do cerco decidiram suspender a atividade e manter os barcos em terra, depois de quatro embarcações terem sido impedidas de venderem sardinha, carapau e cavalas, na lota de Portimão, devido à mistura de várias espécies nos contentores.