
© Filipe Farinha/Lusa
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve esclareceu no domingo que o Ministério da Saúde deu, nos últimos três anos, “especial” atenção à região do Algarve para reforçar e melhorar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde.
O Movimento de Cidadãos pela Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve organizou no passado fim de semana dois cordões humanos, junto aos hospitais de Portimão e Faro, em defesa dos hospitais públicos da região e pedindo a demissão do administrador do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes, ex-bastonário da Ordem dos Médicos.
Face à contestação sobre a “alegada degradação e desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região do Algarve”, o Conselho Diretivo da ARS Algarve esclareceu, numa nota de imprensa, que o “Ministério da Saúde, ao longo dos últimos três anos, tem vindo a dar especial atenção à Região do Algarve, para reforçar e melhorar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde na Região”.
Na nota de imprensa, a ARS Algarve referiu que, com a criação do CHA, em maio de 2013, se reforçou a articulação da atividade assistencial destes hospitais (Faro, Portimão e Lagos), “pretendendo promover-se a complementaridade entre eles, melhorando a eficiência e a eficácia dos recursos humanos disponíveis na região, sem prejuízo do acesso dos utentes a cuidados de saúde de qualidade”.
“O aumento da capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários e a implementação do alargamento da rede de cuidados continuados integrados na região do Algarve, apesar do atual contexto que o país atravessa, têm permitido aos cuidados hospitalares reforçar as condições de prestação de cuidados de saúde com melhor qualidade e de forma sustentável a toda a população”, diz a ARS do Algarve.
A ARS acrescentou ainda que, assim que tomou conhecimento do abaixo-assinado por “um grupo de médicos assistentes hospitalares do CHA (…), realizou, no âmbito das suas competências, todas as diligências, enquanto mediador, com vista a promover o diálogo entre ambas as partes”.
Há algumas semanas surgiu um abaixo-assinado subscrito por 182 médicos a denunciar a alegada existência de adiamentos de cirurgias programadas no CHA, por falta de material, e falta de medicamentos.