O assistente espiritual da ‘Missão País’ dos estudantes da Universidade do Algarve (UAlg) considera que o projeto tem para os participantes a dupla vertente de para uns funcionar como uma atividade que consolida uma caminhada que já têm e para outros constituir um ponto de partida no despertar da fé.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Para além do padre António de Freitas, este ano a iniciativa de voluntariado estudantil regressou a Paderne, entre 25 de janeiro de 02 deste mês, para cumprir o segundo ano do triénio missionário e somou um recorde de participação, contando com 40 missionários, aos quais se juntaram os oito chefes da missão e o diácono Bruno Valente, perfazendo um total de 50 elementos.

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O padre António de Freitas, que é também o capelão da UAlg, refere que o crescente “aumento de universitários que desejam participar na ‘Missão País’” se deve ao testemunho que os próprios dão de “como vivem e se entregam” à iniciativa. “Acaba por despertar nos outros o desejo da mesma experiência. São eles a desafiarem-se uns aos outros”, constata, garantindo que os alunos levam o “espírito missionário para a universidade”.

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“Eles têm a consciência de que esta ação pode ser também evangelizadora na própria universidade e não apenas mais uma experiência de voluntariado que fazem. Há esta complementaridade entre a missão que cumprem, contribuindo para o bem do outro no local onde realizam a missão, mas também a missão evangelizadora na universidade e o bem que podem ser para o outro, para atrair um colega para a fé cristã, para a vida de oração, para a experiência de missão”, complementa.

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Ao Folha do Domingo, o padre António de Freitas referiu que, “embora a ‘Missão País’ não esteja integrada no grande trabalho de voluntariado da universidade algarvia, é uma ação de voluntariado de cariz cristão que a própria instituição reconhece, tendo em conta a importância que tem como experiência de vida para os participantes e para a projeção da comunidade universitária na vida de outras pessoas”.

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O sacerdote destaca também o sinal dado pela participação do reitor no encerramento da atividade. “A presença do reitor acaba por ser o reconhecimento de que é algo que vale a pena na complementaridade com o estudo. Não basta só a questão científica, nem só a questão intelectual. É importante que isso depois se traduza num bem comum para todos através da entrega de vida. A universidade não é simplesmente o lugar onde eu apreendo coisas, mas é também o lugar de onde, com outros, quero sair para oferecer e contribuir para outros”, considerou.

A ‘Missão País, este ano sob o lema ‘Não se perturbe o vosso coração!’, aproveitado do Evangelho segundo São João, leva cerca de 4.200 participantes, de 60 faculdades, a 73 localidades do país e tem como cor o lilás, que representa o caminho, a inquietação e a transformação.

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A ‘Missão País’ é uma iniciativa universitária que começou em 2003 com 20 estudantes ligados ao Movimento Apostólico de Schoenstatt e que se organiza e desenvolve a partir de várias faculdades de Portugal. Nela participam jovens de todos os credos e também quem não professa nenhuma religião. São semanas de apostolado e de ação social que decorrem durante três anos consecutivos no período de interrupção de aulas entre o primeiro e o segundo semestres, divididas em três dimensões complementares – externa, interna e pessoal – em que o primeiro ano consiste no “acolhimento”, o segundo na “transformação e o terceiro no “envio”.