Em comunicado, a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) diz que a região ficou “mais uma vez de fora” das candidaturas ao Sistema de Apoio às Ações Coletivas (SIAC), cujo prazo termina a 15 de fevereiro.

“O Governo começou o ano de 2011 com mais uma ação discriminativa em relação ao comércio local algarvio”, refere a associação, que se queixa do facto de a região ter “um tratamento diferenciado” em relação a outras do país.

Contudo, em declarações à Lusa, fonte do Ministério da Economia explicou que desde que o Algarve entrou em regime de “phasing-out” por ter um nível de vida acima da média da União Europeia, deixou de poder obter esses apoios.

“Desde há dois anos que o Algarve, de acordo com critérios europeus, atingiu um patamar que já não lhe permite obter apoios ao abrigo de concursos referentes ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)”, frisou a mesma fonte.

A ACRAL defende, por seu turno, que se faça um novo estudo do rendimento da região que serviria para “comprovar que o Algarve está mal enquadrado quanto às regiões de convergência”.

“Como sabemos, a região foi elegível ao “phasing-out” do Objetivo Convergência. A realização de um novo estudo colocaria o Algarve numa posição diferente da atual”, conclui a associação.

Além da exclusão desta linha de financiamento, a ACRAL também lamentou hoje, em comunicado, a exclusão dos órgãos sociais da Associação de Turismo do Algarve (ATA), organismo no qual participou enquanto sócio fundador.

A ACRAL afirma não compreender porque razão uma associação com milhares de associados no comércio local, entre os quais mais de 700 do setor da hotelaria e turismo, é colocada de parte num organismo que “ajudou a construir”.

Folha do Domingo/Lusa