A associação considera, em comunicado, que o projeto é “globalmente interessante, visualmente harmonioso e que seguramente será uma oportunidade única para reformular toda a utilização da Praia de Faro”. A associação destaca ainda como pontos fortes do projeto as passagens hidráulicas que irão permitir uma maior circulação e oxigenação da água e o incentivo ao uso da bicicleta e dos passeios a pé que promovem um maior contacto com a natureza.

Contudo, a associação alerta para as poucas condições de segurança para ciclistas e peões na nova ponte, “onde a inexistência de uma barreira física de proteção coloca em risco a vida e integridade física de centenas de cidadãos que vão usufruir desta infraestrutura”. Neste sentido, a Faro 1540 considera “importante existir uma barreira física de proteção e de segurança para os ciclistas”, e não apenas uma faixa pintada que seria utilizada em caso de emergência ou evacuações rápidas.

Como tal, a associação sugere ainda a construção de uma ponte com duas faixas de rodagem para automóveis e uma para peões e ciclistas, que poderá assim ser dotada de equipamentos de segurança e proteção já que uma segunda faixa iria resolver os problemas de “escoamento” em caso de emergência e para os picos de trânsito.

Quanto à possibilidade de virem a existir parquímetros no estacionamento dentro da Praia de Faro, se estes vierem de facto a ser implementados, a Faro 1540 “alerta para que os valores não sejam elevados”, sugerindo ainda que estes valores, se forem cobrados, “funcionem como uma taxa ambiental sendo investidos na defesa e manutenção da qualidade ambiental e das condições oferecidas pela praia aos seus utentes”.

A Associação considera também que “é fundamental repensar a política de transportes públicos para a Praia de Faro e criar melhores condições de acesso e esta estância balnear com a criação de várias paragens de autocarro ao longo da praia”, sugerindo pelo menos três paragens – na zona do restaurante Paquete, no Centro Náutico e outra na rotunda do “Zé Maria”, o que permitiria que os utentes da praia pudessem ser repartidos em toda a extensão da praia.

Sobre o parque de estacionamento exterior à Praia, que terá 925 lugares, a Faro 1540 considera este valor “excessivo” uma vez que o parque será maioritariamente utilizado nos meses de verão. Como tal, a associação “sugere uma redução na capacidade de parqueamento automóvel e que na área de estacionamento retirada seja construído um Parque de Autocaravanas, para cerca de 20 viaturas”.

Ainda neste parque de estacionamento, a associação sugere que alguns lugares estejam integrados na rede de estacionamento MOBI.E (Mobilidade Elétrica).