O Alentejo, Lisboa e Algarve conseguiram em maio os maiores acréscimos nas dormidas em hotelaria, com as duas últimas regiões a beneficiarem de um aumento da capacidade de alojamento em termos homólogos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, Lisboa e Algarve “beneficiaram do aumento de capacidade de alojamento comparativamente com o mesmo mês do ano anterior, em resultado de ajustamentos à capacidade instalada bem como da existência de maior número de estabelecimentos em funcionamento em cada uma das regiões”.
Verificaram-se, por sua vez, reduções de dormidas nos Açores e na Madeira (de 1,7% e 0,1%), invertendo a tendência do mês anterior (quando tinham aumentado 9,5% nos Açores e 5,8% na Madeira).
As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, com maior impacto no Algarve (27,5%), Madeira (18,6%) e Lisboa (18%), com as três regiões principais em termos de turismo doméstico – Algarve, Lisboa e Norte – a abrangerem 65,5% das dormidas de residentes.
À semelhança do mês anterior, as dormidas de não residentes evoluíram positivamente em todas as regiões do Continente, principalmente no Alentejo (23,9%), Norte (13,6%) e Lisboa (16,2%).
A região de Lisboa destacou-se ainda com o maior aumento dos proveitos, em particular nos de aposento (33,3%), tendo este duplicado o acréscimo nas dormidas “refletindo um aumento dos preços associado à expetativa de maior procura face à realização de importantes eventos desportivos e culturais na cidade de Lisboa”.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPar) foi de 36 euros em maio, uma subida homóloga de 14,9%, com Lisboa a registar o maior aumento (26% correspondendo a 67,2 euros em maio de 2014).
Os 10 principais mercados emissores concentraram 81,5% das dormidas de não residentes (81,8% em maio de 2013).
Segundo o INE, Espanha apresentou um aumento significativo das dormidas dos seus residentes (27,6%), representando 7,8% do total (com mais um ponto percentual).
“Apesar deste forte aumento, ele foi muito inferior ao verificado em abril (123,7%) em que o efeito de calendário da Páscoa terá sido expressivo”, refere.
Em termos de acréscimos destacaram-se também os EUA (15,4%), França (14,9%) e Bélgica (14,8%), com a quota destes mercados a fixar-se nos 2,9%, 11,4% e 2,5%, respetivamente.
As dormidas de hóspedes provenientes da Irlanda e da Holanda apresentaram resultados decrescentes (-2,2% e -1,1%, respetivamente), contrariando a evolução positiva do mês anterior (24,6% e 15%).
Relativamente aos resultados dos primeiros cinco meses do ano, destacaram-se Espanha (22,1%), Brasil (19,4%) e França (14,1%), acrescenta o instituto.
O INE divulgou também hoje que as dormidas e os proveitos na hotelaria mantiveram o crescimento homólogo em maio de 12,3% e 18,9%, respetivamente, mas com “desaceleração” face a abril.
A hotelaria, de acordo com o INE, registou 4,4 milhões de dormidas em maio, o que representou um crescimento homólogo de 12,3%, inferior ao de abril (25,4%), mês “cujo resultado foi influenciado pelo calendário da Páscoa”.
Os proveitos totais aumentaram em percentagem superior às dormidas (18,9% para os 215,7 milhões de euros para os proveitos totais e 19,7% para os 150,3 milhões de euros para os de aposento), crescimentos um pouco menores do que os observados no mês anterior (de 20,2% e 20,4%, respetivamente).
“Estes resultados estão em parte associados à realização de alguns eventos internacionais, mas também a promoções e programas turísticos específicos com reflexos na procura por parte de residentes e não residentes”, refere o instituto.
As dormidas de residentes aumentaram 16,1% (36,9% em abril) e dos não residentes 11,1% (21,3% em abril), acrescenta.