O projeto tinha sido chumbado há um ano e meio pela APA, que considerou que a obra poderia aumentar o risco de derrocada devido à pressão da estrutura sobre a falésia, que poderia dar origem a fissuras e agravar a sua estabilidade.
O proprietário da moradia, situada a escassos metros do areal, fez também um pedido para reconstruir a habitação, que foi autorizado, mas as autoridades depararam-se com uma obra de dimensão muito superior à que estava prevista, devido à piscina.
O presidente da autarquia, Adelino Soares (PS), confirmou à Lusa que o proprietário da casa, um empresário do setor da hotelaria, alterou o projeto inicial, retirando a piscina, mas acabou por fazer na mesma a obra, que não constava no projeto aprovado.
Na quarta-feira, técnicos da autarquia e da direção regional da Agência Portuguesa do Ambiente estiveram na praia de Salema a inspecionar a obra.
Depois de avaliar a situação, a APA decidiu, na sexta-feira, decretar o embargo da obra.
Na sequência do embargo, a Lusa tentou obter uma reação do autarca, que se escusou a responder aos pedidos da agência.
Na praia da Salema, que integra uma pequena comunidade piscatória, já se registaram derrocadas parciais de arribas, embora nenhuma tenha tido consequências graves.
Lusa
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