Fernando Melo, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, afirmou que o facto de a base de Faro não estar a operar “não retira competitividade” à empresa.
O administrador delegado da Groundforce disse que “Faro foi sempre uma carta fora do baralho” para os possíveis compradores da empresa, detida na totalidade pela TAP.
O responsável afirmou que a empresa “tem de ser vendida”, sublinhando que “a TAP não pode continuar com a Groundforce”.
A venda da maioria do capital da empresa foi determinada pela Autoridade da Concorrência em 2009 após a TAP ter ficado com os 50,1 por cento que a espanhola Globalia detinha na Groundforce.
O administrador delegado da Groundforce disse ainda que para que a empresa possa obter a licença no próximo ano “tem de ser rentável, tem de ter sustentabilidade”, acrescentando que terá de ser negociado com os sindicatos um novo Acordo de Empresa.
O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse, a 13 de dezembro, que existiam quatro companhias aéreas estrangeiras interessadas na compra da Groundforce, escusando-se a avançar nomes.
Fernando Melo está a ser ouvido no Parlamento, a pedido do Bloco de Esquerda, para prestar esclarecimentos sobre o encerramento da base de Faro da Groundforce, que teve como consequência o despedimento de 336 trabalhadores.
Além de Faro, a Groundforce possui bases operativas de assistência a bagagens no Porto, Lisboa, Porto Santo e Funchal.
Lusa