Na reunião, referiu à Lusa, falaram da “evolução de todo este processo, que tem uma história mais longa do que a brutalidade deste despedimento”, dos “problemas na articulação das duas empresas na área, a Groundforce e a Portway”, das responsabilidades, que não podem “de forma nenhuma ser imputadas” aos trabalhadores, pela “deficiente gestão e articulação do trabalho entre estas duas entidades” e da “disponibilidade permanente” dos trabalhadores, junto da empresa, para preservarem os postos de trabalho.
Cecília Honório disse que “o entendimento do Bloco de Esquerda é que, por um lado, esta forma de despedir pessoas é um despedimento coletivo numa empresa do Estado” e, por outro, “uma brutalidade social insuportável, sendo claramente uma forma de garantir que a TAP é privatizada, limpando os problemas que possa ter neste momento”.
“A prazo, a privatização da TAP e o fim da Groundforce custarão mais aos cidadãos do que preservar estes postos de trabalho e é uma negociata que está por trás deste processo de privatização da TAP”, defendeu.
A deputada disse ter sentido da parte dos trabalhadores uma “enorme revolta, sentimento de injustiça”. São “pessoas que têm as suas vidas, famílias e filhos desesperados e sem qualquer alternativa”, descreveu.
“É um despedimento brutal, feito de forma brutal e sem qualquer alternativa oferecida. E havia várias. É responsabilidade do Estado e das entidades encontrar essas alternativas, mas não lhes foi oferecido nada. Em todo o caso, as pessoas mantêm a cabeça erguida e vão manter as formas de luta, não vão desistir, e o BE também não”, assegurou.