Foi no dia 25 de Março de 1646, seis anos após a restauração de Portugal, que o rei português D. João IV, proclamou Nossa Senhora da Conceição, rainha e padroeira de Portugal e depôs a coroa do reino aos pés da sua imagem no santuário de Vila Viçosa.
D. Manuel Quintas, que começou por lembrar a intenção de louvor a Deus pelo dom de três padres algarvios que celebravam naquele dia e na véspera, os aniversários das suas ordenações – padres Miguel Neto (1º), Augusto Brito (18º) e José Manuel Pacheco (15º) -, considerou que a Diocese do Algarve “espelha bem o sentido mariano do povo cristão e a devoção particular do povo português à Conceição Imaculada de Maria” por causa das paróquias 42 que têm Nossa Senhora como padroeira.
O Bispo do Algarve explicou o alcance do desígnio de Deus através de Maria e do seu acolhimento ao projecto divino. “Perante a infidelidade do primeiro casal humano, celebramos a decisão de Deus Pai em concretizar a promessa da vinda do Messias que acabará com as consequências do pecado e inserirá a Humanidade numa dinâmica de graça, concretização que passou pela escolha de Maria, preservada do pecado desde a sua concepção como colaboradora deste projecto de amor e de vida”, disse, acrescentando que “pela obediência de Maria, qual nova Eva, Deus assume a nossa humanidade e oferece a todos esta salvação e esta vida plena”.
D. Manuel Quintas considerou ainda na celebração, que foi concelebrada por vários sacerdotes da diocese, com particular evidência para os da vigararia de Faro, que, “com razão a Igreja e todos os fiéis exultam de alegria ao celebrarem a Imaculada Conceição porque n’Ela vêm o exemplo das maravilhas de Deus na História, do que Ele pode fazer na Igreja e na vida de cada crente, se, como Maria, cada um assumir a mesma atitude de filial obediência e de amor diante d’Aquele cujo nome é grande e que grandes coisas realizou na sua humilde serva”.
O Bispo diocesano manifestou ainda o desejo de que “o seu exemplo de serva da Palavra e discípula de Cristo” de Nossa Senhora conduza os cristãos algarvios a um “renovado compromisso na escuta da Palavra de Deus, segundo a tradição da Lectio Divina, de modo a acolher Cristo como Palavra viva que interpela, orienta, plasma a existência”. “Felizes daqueles que A acolhem como Mãe e modelo de adesão à vontade de Deus e a veneram e honram como padroeira e rainha”, afirmou, alertando para a tentação de querer “prescindir de Deus e pretender construir o mundo a partir de critérios de egoísmo de auto-suficiência”.
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