O Bispo do Algarve, que destacou o carácter inédito do documento, explicou que o mesmo, intitulado “Corresponsáveis na Esperança”, “pretende ser uma orientação sobre o modo como devemos situar-nos em tempo de Natal e perante a crise que nos envolve a todos, embora a uns mais do que a outros”. “Só conseguimos ultrapassar as dificuldades em que todos nos encontramos dando as mãos, de maneira corresponsável e com o coração cheio de esperança e não cheio de temor”, disse o Bispo diocesano.
O prelado considerou ainda que “ninguém se deve pôr de fora ou considerar-se à margem da solução destes problemas”. “Por isso, apelamos à corresponsabilidade de todos”, acrescentou, apelando ao envolvimento de todos “para minorar o sofrimento de quem já está desempregado ou em vias disso”.
A propósito do ponto 4 da mensagem (Compromisso solidário da Igreja), em que são convidados os católicos e as comunidades ecclesiais a um “forte empenho à criação e funcionamento dos grupos paroquiais de acção social, em colaboração com a Caritas, as Conferências de São Vicente de Paulo e outras instituições”, lembrou que este é um apelo que tem acontecido há muito tempo na Igreja diocesana algarvia. “Felizmente existe em muitas paróquias. Era bom que existisse em todas um grupo de pessoas que alertam toda a comunidade para os problemas que lhe chegam. Como Igreja, temos a felicidade de criar uma rede que abrange toda a nossa Igreja diocesana. Todos podem ser porta-vozes de situações de necessidade e ajuda para que toda a comunidade se sinta envolvida e corresponsável”, afirmou.
D. Manuel Quintas exortou ainda os cristãos a não esperarem por soluções institucionais. “Não podemos estar à espera de que sejam outros a reconhecer problemas que nós conhecemos, que precisam de uma solução imediata, sobretudo de respostas institucionais”, disse.
O Bispo diocesano terminou a referência ao documento, que no final da celebração foi distribuído aos presentes, recomendando a sua leitura e sua meditação integral.
Samuel Mendonça