O bispo do Algarve apelou ontem a “uma Igreja sinodal” e “ministerial”. “Nem clerical, nem laical”, precisou D. Manuel Quintas na Eucaristia da solenidade do Pentecostes a que presidiu ao fim da tarde na Sé de Faro, assinalando também o Dia da Igreja Diocesana.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O bispo diocesano lembrou que a Igreja “ministerial” é aquela “que se apoia nos ministérios, no serviço”. “E os ministérios ordenados que existem – diácono, padre e bispo – estão ao serviço da Igreja, do povo de Deus. Não ao serviço de si mesmos”, sustentou, reiterando um apelo que já tinha deixado no Dia Diocesano do Catequista em janeiro deste ano.

Considerando que a “Igreja ministerial” é “expressão plena” da ação do Espírito Santo, D. Manuel Quintas desejou uma Igreja “plenificada” pela sua presença para “verdadeiramente crescer como Igreja ministerial, sinodal e missionária”. “E é isso que queremos construir. Também aqui na nossa Igreja diocesana”, reforçou.

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No início da celebração, concelebrada por vários cónegos do Cabido da catedral, o bispo do Algarve pediu que se tivesse presente todas as comunidades paroquiais dispersas pela diocese. “Queremos sentir-nos em comunhão alimentada e fortalecida pela ação do Espírito Santo”, afirmou, acrescentando que celebrar o Pentecostes é também abrir-se à “comunidade universal”.

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A celebração ficou ainda marcada pela administração do sacramento do Crisma a três adultas, oriundas da paróquia de São Luís, pertencentes a um grupo das Oficinas de Oração e Vida (TOV) com cerca de 80 pessoas que se reúne online semanalmente. As TOV são um serviço apostólico, dentro da Igreja, essencialmente constituído por leigos, onde se ensina um método prático, em 15 sessões, para aprender a orar e a viver cristãmente”.

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As TOV são uma Associação Internacional de Fiéis Leigos de Direito Pontifício aprovada pelo Papa São João Paulo II, a 4 de outubro de 1997, existem em mais de 60 países do mundo, chegaram a Portugal há mais de 25 anos, e foram fundadas por frei Ignacio Larrañaga (1928-2013), Franciscano Capuchinho, em 1984.

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