D. Manuel Quintas alertou que “estas convulsões têm o sentido de nos despertar para encontrar resposta para as situações em que nos encontramos” e que “ninguém deve dispensar-se” desse trabalho porque a solução “não está numa pessoa só ou num grupo delas”, mas “em todos”. “À luz da fé e do compromisso social, queremos contribuir para que este «beco» não seja sem saída e só terá saída se todos nos empenharmos, apoiarmos e estivermos atentos às necessidades uns dos outros”, complementou, alertando para a resposta às “situações concretas e pontuais que já existem, vão continuar a existir e, talvez, a aumentar”.
“Procuremos, na palavra de Deus, luz que ilumine esta nossa realidade e nos ajude a assumir as atitudes que achamos mais adequadas ao momento que atravessamos, seja como comunidade cristã, seja também como comunidade cívica”, pediu o prelado, apelando ao contributo cívico. “Não podemos pensar que devemos viver só para Deus já com os pés desligados da terra. Não vivemos à margem da sociedade. A sociedade também somos nós. Temos direitos, mas também temos deveres”, alertou, apelando a que se saiba “integrar a oração e contemplação com a ação”.