No passado domingo, em que a Igreja celebrou a solenidade do Pentecostes – em memória da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos após a morte e ressurreição de Jesus – e neste contexto o seu próprio nascimento, a Diocese do Algarve reuniu-se, uma vez mais, para a celebração desta festa como Igreja diocesana.
A celebração teve lugar, uma vez mais na Sé de Faro, com a eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve, durante a qual D. Manuel Quintas administrou o sacramento do Crisma a 115 jovens e adultos de nove paróquias algarvias.
Aos presentes, mas sobretudo aos crismandos, o prelado começou por lembrar que “celebrar o sacramento do Crisma é, de certa maneira, sentir-se reunido com os apóstolos e Nossa Senhora no cenáculo, recebendo o Espírito Santo”.
D. Manuel Quintas explicou-lhes que “o Crisma não é um sacramento facultativo”, mas que visa “confirmar o batismo com a ajuda do Espírito [Santo]”. “Às vezes pensamos que não é preciso o Crisma ou que só é preciso para se ser padrinho”, advertiu, explicando que o sacramento “é preciso para viver bem o batismo”. “É preciso a força do Espírito [Santo] para sermos cristãos”, sustentou, frisando que a veracidade dessa vivência tem um medidor. “O amor é o «termómetro» que mede a verdade da nossa fé. Sem isto, nada feito. Seremos cristãos só de nome, mais nada”, alertou.
Neste sentido, sublinhou ser o Espírito Santo que fornece a ferramenta. “O Espírito capacita-nos para falarmos a sua linguagem que é a linguagem do amor. Esta linguagem exprime-se de muitas maneiras: do perdão, do apoio mútuo, do ir ao encontro das necessidades uns dos outros”, afirmou, acrescentando que “os dons de cada um não devem servir para competir com os outros, para proveito próprio, mas devem colocar-se ao serviço do bem comum, da comunidade, da realização da Igreja”.
“Estamos todos felizes convosco, certos de que agora, com a força do Espírito Santo, encontrareis certamente ainda mais coragem para crescerdes na fé, para vos identificardes com a pessoa de Jesus”, prosseguiu, desejando que os crismados possam agora ser membros ainda mais efetivos das respetivas comunidades paroquiais. “Que bom que seria que agora com a força do Espirito Santo, todos vós, nas vossas paróquias, fosseis «pedras vivas» com a vossa presença, com a vossa participação na vida da paróquia, na celebração da eucaristia, mas também naquilo que a paróquia precisa para ser uma paróquia viva”, acrescentou.
O bispo do Algarve regozijou-se ainda com o caminho percorrido por cada um dos crismados, “seja os jovens, seja os adultos que decidiram, não sendo crismados, aprofundar a fé e preparar-se para este sacramento”. “Que o exemplo destes adultos motive e mobilize também aqueles adultos que não são crismados para iniciarem este percurso nas suas paróquias”, desejou.
Os crismados eram oriundos das paróquias de Albufeira (20), Estoi e Santa Bárbara de Nexe (14), Loulé (1), Moncarapacho (8), Olhão (7), Quelfes (8) (incluindo da comunidade da Sagrada Família do Siroco – 7), São Luís (17) e Sé de Faro (33). De manhã, D. Manuel Quintas já tinha crismado três jovens na paróquia da Fuseta.
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