O prelado lembrou a ambos que, a partir de São José, podem aprender as “atitudes essenciais” para realizarem a sua vocação e missão. “São José ensina-nos a dar prioridade ao ouvir e ao escutar”, afirmou, exortando os presentes à mesma atitude. “Só este ambiente é que pode levar-nos, não só a escutar o que o Senhor nos pede, mas a assumi-lo como algo que me vai realizar como pessoa. Se isso não acontece estaremos sempre divididos”, sustentou.
O bispo do Algarve lembrou que a “obediência fiel”, a “escuta da palavra de Deus” e a “ação sem palavras”, representativas do modo de agir de São José, têm de ser atitudes alimentadas pela fé. D. Manuel Quintas sublinhou o “abandono” de José, confiando-se “totalmente a Deus” para “fazer seu, o projeto de Deus”. “Somos chamados a realizar algo que não é nosso, somos apenas administradores. É-nos confiado algo. São José era apenas guarda do Menino e de sua Mãe, mas a nossa vocação e missão dá um passo à frente neste aspeto Por isso, precisamos crescer sempre mais na união com Cristo”, apelou, lembrando que a vocação dos presbíteros, através do ministério ordenado, leva-os a “ser configurados com Cristo”.
D. Manuel Quintas apelou à unidade entre a “vida ativa” e a “vida contemplativa”. “São José ensina-nos a superar a tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa, sobretudo encontrando a chave do amor, para viver com sentido de entrega àquilo que Deus nos pede. É fundamental conseguir essa unidade de vida entre o que somos e o que fazemos, entre o nosso ser e o nosso agir”, afirmou, acrescentando ser na “caridade pastoral” que se constrói esta unidade “essencial” na realização da vocação e missão sacerdotal. “Os grandes seguidores de Cristo realizaram a sua vocação como cristãos através do sacramento ordenado. Souberam crescer e integrar a sua vida e missão nesta unidade com Deus”, complementou.
A terminar, o bispo do Algarve lembrou aos sacerdotes a importância da espiritualidade. “O nosso ministério, sem uma sólida espiritualidade, traduzir-se-ia num ativismo vazio desprovido de qualquer sinal da presença de Cristo”, advertiu.
Após o almoço, o dia teve continuidade com a tarde cultural, promovida pelos seminaristas algarvios.
Ontem, no âmbito destas comemorações, o Seminário de Faro acolheu o Encontro de Famílias de seminaristas e pré-seminaristas da instituição e, no dia anterior, já tinha acolhido o Encontro dos Antigos Alunos.
com Rúben Oliveira