
O bispo do Algarve lembrou na sexta-feira que “celebrar o coração de Jesus é recordar com alegria as maravilhas do amor de Deus” e que a “mansidão” e a “humildade” são “condições para entender e perceber” essas maravilhas.

“A mansidão e a humildade são condições para que em nós se manifeste este amor e também caminho para que passe, através de nós, para os outros”, afirmou D. Manuel Quintas na homilia da missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus que a Igreja celebrou naquele dia, evidenciando que “sem humildade e sem mansidão é muito difícil deixar-se amar por Deus, é muito difícil corresponder a este amor”.

“A mansidão e a humildade são condições para que a nossa resposta de amor seja plena e a mais adequada a este amor desmedido que Deus nos tem. A necessidade de crescer na humildade e na mansidão acompanham-nos toda a vida”, sustentou na eucaristia, a que presidiu ao final da tarde na Sé de Faro.

O prelado explicou ainda que essa aprendizagem se faz na “escola de amor” da qual Cristo é “mestre”. “E já estamos «matriculados» [nela]. Quando é que nos «matriculámos»? No batismo”, afirmou, explicando que “não se trata de fazer um curso com acesso a um diploma, com um grau académico”. “Não é um curso, é um percurso, um caminho que inicia no dia do nosso batismo. Temos oportunidade de confirmar esta «matricula» ao longo da nossa vida”, complementou.

O bispo diocesano acrescentou que a resposta ao amor de Deus é dada “observando os mandamentos”. “As nossas fragilidades e limitações não só obstaculizam o amor de Deus em nós, mas também o diminuem, o tornam mais pequenino”, advertiu, desejando que celebração da solenidade do Sagrado Coração de Jesus faça dos cristãos “anunciadores e testemunhas credíveis do amor de Deus, manifestado em Cristo”.

D. Manuel Quintas referiu-se ainda às congregações e institutos religiosos presentes no Algarve que se inspiram na espiritualidade do coração de Jesus: as irmãs Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, que renovaram os seus votos de consagração a Deus, e os Sacerdotes do Coração de Jesus (dehonianos), congregação à qual também pertence o bispo do Algarve, com os quais concelebrou eucaristia na manhã daquele mesmo dia em Vila Real de Santo António.

“Louvamos a Deus pela sua presença e pelo seu carisma. “, afirmou, lembrando também que naquele dia celebrava-se igualmente o Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, instituído pelo papa São João Paulo II. “Sabemos como o testemunho da santidade é condição importante para que o anúncio da palavra, a celebração dos sacramentos adquira ainda maior eficácia”, afirmou.

A celebração foi participada por vários membros do movimento do Apostolado da Oração.