O bispo do Algarve lembrou que “a missão de catequista nasce do encontro pessoal com Cristo”.
“Só seremos verdadeiros catequistas e eu verdadeiro bispo, como catequista também da diocese, a partir do encontro pessoal com Cristo que deve acontecer antes de cada catequese, durante a catequese e depois”, afirmou D. Manuel Quintas no Dia Diocesano do Catequista, que teve lugar no sábado na igreja matriz de Lagoa.
O bispo diocesano lembrou ser o encontro com Jesus “que dá à vida um novo horizonte e um rumo decisivo”. “Sem isto não há catequese, não há encontros diocesanos de catequistas, nem outros encontros”, afirmou, exortando os catequistas a fazerem um “percurso de encontro com Cristo”. “Não se pode perseverar numa evangelização cheia de ardor se não se está convencido, por experiência própria, que não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não o conhecer. Sou eu que tenho de dar testemunho deste encontro com a pessoa de Jesus”, afirmou, sublinhando “a centralidade da pessoa de Jesus na vida” daqueles educadores.

D. Manuel Quintas realçou que “o verdadeiro catequista, que não deixa nunca de ser discípulo, sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele” e destacou que o educador da fé deve, então, levar os outros a fazer aquela que foi a sua experiência. “A finalidade primeira da catequese, seja para os mais pequeninos, seja para os mais crescidos ou para os adultos, é encontrarem-se com Cristo. Sem isso, não há catequese”, alertou, formulando a pergunta que se poderia fazer no fim de cada catequese: “encontraste Jesus?”. “Os catequistas têm de ser anunciadores, testemunhas que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus salvador e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja”, salientou, desejando que aquele encontro diocesano “possa constituir para todos um reacender do entusiasmo missionário, a partir do encontro com Cristo e da abertura à ação do Espírito Santo”.
O bispo do Algarve questionou no final do encontro o facto de haver menos cerca de 4.000 crianças na catequese das paróquias algarvias desde 2015. “São menos as crianças no Algarve? Dizem que não. Nas escolas não têm diminuído”, constatou, considerando que a diminuição deve ser motivo de interrogação. “O que podemos fazer?”, questionou, apontando para um conselho que surgiu da reflexão feita no painel que ocupou a manhã: “conhecer melhor as famílias”.
D. Manuel Quintas informou ainda que os catequistas também passaram de cerca de 1.000 para 800. O responsável católico disse ainda acompanhar todo o percurso formativo que aqueles educadores na diocese estão a fazer no âmbito do novo itinerário catequético. “Sinto-me orgulhoso pelo vosso empenho, dedicação e resposta aos apelos que vos são feitos pelo Secretariado Diocesano no sentido de na diocese nos renovarmos todos para podemos ser mais e melhores catequistas”, afirmou.