D. Manuel Quintas falava no encontro “Advento Jovem” que se realizou em Faro, subordinado ao tema da família, com a participação de cerca de 180 jovens das três paróquias da cidade de Faro e de Estoi, que incluiu uma caminhada da igreja de São Luís para a catedral, passando pela igreja de São Pedro.
O prelado pediu aos jovens que amem a família, não a desvalorizem nem desistam dela, apesar de, por ventura, muitos poderem estar “marcados por experiências negativas no que diz respeito à vida da família”. “Não desvalorizeis a família”, apelou D. Manuel Quintas, considerando que “vivemos num tempo em que tudo convida a desvalorizar a família”. “Não desistais da família, de construir famílias autênticas que têm como modelo a família de Nazaré. Amai as famílias, a vossa família ou a família que quereis construir”, acrescentou, explicando que amar a família significa “estimar” e “promover” os valores que constituem os seus “alicerces”, dos quais o amor é o “fundamental”.
D. Manuel Quintas referiu-se ao amor como a “alma da família” e desafiou o jovem a ser o seu “artífice”. Numa alusão ao slogan do encontro – “Jovem, o motor da família” –, o bispo do Algarve deixou claro que “o grande «motor» da família é Cristo”, pese embora os jovens sejam convidados a assumir essa missão na medida em que, “iluminados por Cristo”, façam com que “o amor seja o «alicerce» da família”. Para que o «motor» continue a «trabalhar» advertiu ser necessário não descurar o “combustível” da “palavra, da oração, da caridade cristã e da esperança”.
Concluindo afirmou que amar a família significa “empenhar-se em criar um ambiente familiar favorável ao seu desenvolvimento”. “É nisso que vós, jovens, podeis ser «motor» da família”, disse, lembrando ainda que amar a família significa não só “fundá-la e dar-lhe razões de confiança em si mesma, nas suas riquezas e virtualidades”, como também “descobrir ou prevenir os perigos e males que a ameaçam, para os evitar ou superar”. “Sem empenho e sem esforço facilmente nos deixamos vencer pelas dificuldades e contrariedades que se abatem sobre a família”, alertou.
D. Manuel Quintas apelou à defesa da família como “valor por excelência” que “ajuda a crescer de maneira harmoniosa e equilibrada em todos os sentidos” e como “valor essencial para criar estabilidade de vida a todos os níveis”.
Considerando que o tema da família “exige ser abordado com grande urgência, seriedade e profundidade”, o prelado defendeu a necessidade de se “celebrar o perdão a nível familiar” por ser este um “elemento importantíssimo na construção e fidelidade da família” quando apoiado no “amor mútuo, na confiança e capacidade de acolhimento, na compreensão e tolerância”.
Advento é o tempo (o primeiro) do ano litúrgico, o qual precede e prepara o nascimento de Cristo, constituído, no calendário religioso, pelas quatro semanas que antecedem o Natal.
Samuel Mendonça