Após este, teve lugar o primeiro acto solene, o qual foi aberto com as saudações do assistente pastoral do INUAF, padre António de Freitas, da presidente da Associação de Estudantes do INUAF, Teresa Vieira, e do reitor do INUAF, professor Mello Sampayo, tendo este exortado os finalistas a terem em conta que na vida profissional «não basta somente a técnica ou formação intelectual; esta é indispensável, mas também é preciso humanizar o mundo profissional», tendo acrescentado que «a sorte que tanto se espera para o futuro não acontece sem mais, mas constrói-se e depende do nosso empenho e responsabilidade». Após a sessão inaugural, teve lugar a entrega das pastas a cada um dos finalistas dos vários cursos presentes, feita pelos directores de departamento.

Encerrada a sessão solene de entrega das pastas, às 12 horas, iniciou-se a celebração de bênção das pastas, presidida pelo Bispo do Algarve.

Perante um santuário que se tornou demasiado pequeno para tantos que quiseram acompanhar os finalistas, D. Manuel Quintas pediu aos finalistas que coloquem o saber e a competência profissional e científica ao serviço de um mundo mais humano. “O saber que adquiristes, a competência científica e profissional que o vosso curso vos proporcionou, não podem constituir motivo de competição ou de divisão na comunidade humana. Os dons de cada um, devem continuar a ser dons para os outros”, salientou o prelado, lembrando que “estes talentos, muitos ou poucos, devem ser multiplicados e não enterrados ou escondidos”. “E o modo de o fazer é claro e simples: devem ser postos ao serviço dos outros, da comunidade humana, com verdade e generosidade”, acrescentou.

O Bispo do Algarve lembrou aos estudantes que a sua vida “vale pela intensidade de amor e pela qualidade do serviço” que souberem imprimir a esses dons, particularmente se colocados “com generosidade e competência ao serviço do bem comum”. “A sociedade de hoje precisa do vosso saber, do vosso dinamismo jovem, da vossa competência científica e profissional, da vossa vida pautada por valores que contribuam para construir um mundo mais humano e mais genuíno, cujo relacionamento entre pessoas, povos e culturas, seja fundado no respeito mútuo, na defesa da vida e na promoção da pessoa humana. Colocai sempre o conhecimento científico e a competência que ele vos proporciona ao serviço da paz e do progresso, ou seja da construção de um mundo mais pacífico, mais solidário e mais fraterno”, exortou ainda D. Manuel Quintas.

Tendo presente a actual crise económica e financeira, o Bispo do Algarve deixou uma palavra de esperança. “Não desanimeis diante das dificuldades que tereis de enfrentar, particularmente no tempo de crise laboral que atravessamos. Que a incerteza do vosso futuro profissional possa ser vencida com a certeza presente da vossa coragem e da vossa criatividade jovem, unida à força que nos vem da Palavra de Deus, hoje proclamada, e à confiança que n’Ele depositamos”, referiu.

A celebração foi animada e dinamizada por alguns jovens de Loulé e pelos alunos finalistas. Para além do momento da Liturgia da Palavra, um dos momentos grandes e alegres da celebração foi a entrega dos símbolos acompanhada pelo ofertório feito pelos finalistas, o qual rendeu 507 euros e foi destinado pelos mesmos para a ajuda das vítimas do mau tempo na Madeira, visto o Bispo local ser natural de Loulé.