O bispo do Algarve visitou no último domingo a paróquia de Alcantarilha.


A visita pastoral de D. Manuel Quintas teve início de manhã com o encontro com a catequese paroquial, incluindo crianças, pais e catequistas.


Naquele encontro explicou aos mais novos o objetivo daquela visita pastoral. “É para nos conhecermos melhor e para nos encontrarmos para além da Missa”, afirmou, lembrando que numa diocese “o bispo é responsável pelas paróquias todas”.


Por outro lado, D. Manuel Quintas explicou ainda que “a palavra pastoral quer dizer que o bispo, numa diocese, deve ter para com as pessoas que formam essa diocese uma atitude como Jesus, como o pastor tem com as suas ovelhas e como Jesus tinha com todos”.


Naquela ocasião, o bispo diocesano lembrou ainda que “o Algarve tem uma história muito longa de bispos, o primeiro dos quais no século IV da diocese que na altura se chamava Ossónoba”. “No século XIII chegaram os muçulmanos e desapareceram as dioceses”, acrescentou, explicando que a Diocese do Algarve “só foi restaurada depois em Silves”. “Ali foi a sede da diocese durante alguns séculos e viveram 33 bispos. A cidade de Silves decaiu e Faro começou a crescer e o Papa decidiu que a sede passasse para Faro em 1577”, desenvolveu, explicando ser o 33º bispo da diocese desde que esta passou para Faro e que o seu padroeiro é o diácono e mártir São Vicente, cuja relíquia, recentemente recebida do Patriarcado de Lisboa, levou para mostrar.


No momento que se seguiu àquele encontro, na igreja matriz, o pároco deu as boas-vindas a D. Manuel Quintas. “Que a sua presença não seja para nós uma mera formalidade, mas um momento maior de sermos e nos declararmos povo santo de Deus”, desejou o cónego Manuel Rodrigues.


Na Eucaristia, o bispo do Algarve voltou a referir-se ao sentido daquela visita. “Queremos destacar a figura do pastor, não o bispo, mas Jesus. Ele é que é o nosso pastor. O bispo recorda e aponta para Jesus como bom pastor e a sua presença numa paróquia tem sempre esse objetivo de incutir confiança, esperança e animar, apesar das dificuldades porque passamos. E, sobretudo, depois desses anos difíceis da pandemia em que interrompi estas visitas. Que esta minha visita pastoral a esta paróquia sirva para incutir coragem a todos”, afirmou na celebração que contou com a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana», que está a acompanhar as visitas pastorais às paróquias que constituem a região pastoral do centro, e com a relíquia de São Vicente.


O bispo diocesano referiu-se àquela “visita pastoral mais reduzida”, explicando que quis ainda visitar a diocese toda antes de terminar o seu serviço. Recorde-se que o Direito Canónico inclui uma determinação com a obrigatoriedade aos bispos de apresentação de resignação após completarem 75 anos de idade, o que no caso de D. Manuel Quintas ocorre a 27 de agosto deste ano.


De tarde, o bispo do Algarve encontrou-se com o Conselho Económico e com Conselho Pastoral da paróquia e visitou a Santa Casa da Misericórdia.



Esta foi a oitava visita do bispo do Algarve neste ano pastoral 2023/2024, depois das visitas às paróquias do Algoz (incluindo a comunidade de Tunes) e da Guia, de Loulé e Querença, de Albufeira, de Almancil, de Alte, São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra e de Boliqueime, Ferreiras e Paderne e Quarteira.