A mesma fonte precisou que o incêndio deverá manter-se ativo até quinta-feira, uma vez que no local havia material de construção, como madeiras e plásticos, que são altamente inflamáveis e demoram muito a consumir.
Hoje de manhã, fonte dos bombeiros disse à Agência Lusa que o fumo libertado já causa alguma preocupação aos moradores das zonas circundantes.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro confirmou algumas chamadas de moradores preocupados em saber os riscos de exposição ao fumo que, consoante a direção do vento, se propaga até Faro, a escassos quilómetros do local onde se encontra o centro de reciclagem.
O fogo, que já consumiu toneladas de plástico e madeira, deflagrou na madrugada de segunda-feira numa zona do Ludo já pertencente ao concelho de Loulé, mas a poucos quilómetros da capital algarvia.
Um especialista alertou na terça-feira, em declarações à Agência Lusa, para o risco que a exposição prolongada ao fumo coloca à saúde pública, sobretudo para os bombeiros e pessoas com problemas respiratórios, idosos ou crianças.
O comandante dos Bombeiros de Loulé explicou que a grande dificuldade em extinguir o fogo se deve ao facto de os materiais estarem empilhados em montes que chegam a atingir os 10 metros de altura e os 20 de diâmetro.
“São grandes volumes de material inflamável onde há muito pouco oxigénio para arder rapidamente e não há maneira de a água entrar lá dentro”, referiu hoje Irlandino Santos em declarações à Agência Lusa.
Os bombeiros tentam por isso arrefecer o perímetro do centro de reciclagem, que se estende por mais de três hectares, para evitar a propagação do fogo, enquanto os materiais continuam a arder lentamente em brasa.
O centro de reciclagem da empresa Inertegarve situa-se junto ao Parque Natural da Ria Formosa, numa área de baixa densidade de construção onde são autorizadas aquelas atividades.