O Cabido da Sé de Faro mandou fazer um relicário e um baldaquino para acolher permanentemente a relíquia de São Vicente, padroeiro da Diocese do Algarve.

O baldaquino terá dois metros de altura por um de largura e um cumprimento e ocupará o espaço central da capela das relíquias, cujo restauro, depois da interrupção para as celebrações da Semana Santa, foi retomado no início deste mês e deverá ficar pronto nas próximas semanas.

O contrato com a empresa espanhola Ofebrería Hermanos Delgado para a elaboração das duas peças foi firmado no passado dia 2 deste mês.

Por ocasião dos 850 anos da partida dos restos mortais de São Vicente de Sagres para Lisboa, a Diocese do Algarve tinha pedido ao Patriarcado a cedência de parte das relíquias do diácono e mártir do século IV, o que acabou por acontecer no passado dia 21 de janeiro.

Para receber a relíquia na celebração de vésperas que teve lugar naquele dia na Sé Patriarcal, deslocou-se a Lisboa uma representação da diocese algarvia, composta pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, por três cónegos do Cabido da Sé de Faro — Carlos de Aquino (chantre), Manuel Rodrigues e Rui Barros Guerreiro — e pelos diáconos Albino Martins, Luís Galante e Vítor Sabino, e por 52 leigos.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A relíquia doada — um osso da mão —, depois de trazida para o Algarve, foi depois entronizada na Sé de Faro, passando, a partir das celebrações quaresmais promovidas pelo Cabido da catedral, a estar disponível para veneração.

Capela das relíquias na Sé de Faro – Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Para além da capela das relíquias, também a do Santíssimo Sacramento começou a ser restaurada no início deste mês. Para além de trabalhos de desinfestação, limpeza, conservação e recuperação da talha dourada e da policromia, será feito o restauro do teto, das cinco telas e das imagens dos quatro evangelistas e dos anjos.

Nos próximos dias também será iniciado o restauro integral da capela do Senhor Jesus dos Pobres, onde se encontra atualmente a imagem de Nossa Senhora de Fátima, assim como das imagens que a integram e da policromia do arco.

Igreja do Algarve recebeu do Patriarcado de Lisboa relíquia do padroeiro comum para criar “impulso missionário” (c/fotorreportagem)