Dom_pattinsonO artista urbano inglês Dom Pattinson vai espalhar dez obras originais suas no concelho de Loulé no dia 09 de abril, para uma espécie de “Caça ao Tesouro” promovida por uma galeria de arte da cidade.

Os organizadores da iniciativa estimam que o valor das peças seja de aproximadamente 2.600 euros cada, embora sejam grátis para quem, naquela data, passe nos locais certos e as encontre, disse à Lusa Gillian Catto, proprietária da galeria ArtCatto.

Depois de já ter feito o mesmo em Londres e Nova Iorque, Dom Pattinson – que foi recentemente motivo de notícia quando George Clooney escolheu duas das suas obras para oferecer como prenda de casamento a Brad Pitt e Angelina Jolie -, repete agora o evento no Algarve, na mesma data da inauguração da sua primeira exposição em Portugal.

“Os dez quadros que ele vai dar vão ser colocados em cinco áreas diferentes próximas de Loulé, ou seja, dois na Quinta do Lago, dois em Vale do Lobo, dois em Almancil, dois em Vilamoura e dois em Loulé”, explicou Gillian Catto.

Cada peça vai ter uma mensagem que explica a iniciativa, porque pode, eventualmente, ser encontrada por alguém que não esteja a par do desafio, acrescentou.

As pessoas que as encontrem são desafiadas a tirar uma fotografia com a obra e enviá-la para a galeria e ficam convidadas a participar na abertura da exposição e conhecer o artista, que estará disponível para fazer uma dedicatória no verso da obra.

Na exposição que a galeria está a preparar vão estar em exibição as obras mais recentes de Dom Pattinson, mas também de outros artistas internacionais, como Adrian Pritchard, Georg Scheele, George Underwood e Pascale Fey.

Envolvida no mundo da arte há quatro décadas e após 35 anos à frente de uma galeria de arte de Londres, Gillian Catto decidiu deixar a cidade britânica e viver a tempo inteiro no Algarve, que escolheu, há quatro anos, para abrir uma galeria.

“Loulé recorda-me um pouco o local onde a minha galeria estava localizada em Londres. Gosto que exista uma ‘sociedade de café’, de as pessoas se sentarem e de se encontrarem na rua e falarem. Tem uma atmosfera muito boa”, contou.

Afirmando-se “apaixonada” pela cidade e lamentando que o Algarve seja mais conhecido como um local turístico do que como uma região cultural, Gillian Catto disse pretender que a sua galeria e esta “Caça ao Tesouro” possam contribuir para mudar essa ideia instalada.