Com o pelouro da ação social, Teresa Menalha explicou que a autarquia percebeu em 2012 que o plano implementado a nível nacional sobre os idosos em isolamento “se destinava mais ao interior dos concelhos, onde eles estavam fisicamente afastados de familiares ou entidades que pudessem ter alguma intervenção”,mas não cobria todo o território.

“Também os territórios do litoral, onde os idosos habitam entre muitas pessoas, têm situações de grande isolamento. Não foi sem razão que as notícias que apareceram sobre alguns idosos encontrados mortos em casa e estiveram vários anos sem ser vistos eram exatamente em cidades e não em aldeias rurais e do interior”, acrescentou.

A vereadora sublinhou que foi nesse contexto que a autarquia entendeu ser necessário proceder ao levantamento também nas freguesias urbanas, identificar idosos que “não têm propriamente uma família de retaguarda, vivem sozinhos ou os filhos não estão perto” e depois “encontrar respostas sociais adequadas”.

Os trabalhos começaram na terça-feira na freguesia de Quarteira, com técnicos da Divisão de Gestão Social e Saúde da autarquia, em colaboração com as juntas de freguesia, a GNR e os Bombeiros Municipais, que irão depois fazer o levantamento nas freguesias de São Clemente, São Sebastião e Almancil, adiantou a Câmara em comunicado.

“Posteriormente a esta fase, em setembro deste ano, será organizado um fórum para apresentação dos resultados obtidos, com o fim de se delinear um retrato socioeconómico das freguesias analisadas e, ainda, de se desenvolver um profundo debate sobre as políticas sociais a prosseguir”, explicou.

Esta medida junta-se a outras que a Câmara tem no terreno “nos planos recreativo, lúdico, artístico e sociocultural” e visam, segundo o texto, “contribuir para a ocupação saudável dos tempos livres desta população, promover uma dinâmica de convívio e confraternização dos idosos do concelho, no sentido de se evitar o seu isolamento social e geográfico”.

“Simultaneamente, pretende-se fomentar o aumento das suas competências de cidadania, através de bens culturais, bem como a troca de hábitos e modos de vida diferentes, permitindo a partilha de conhecimentos e aprendizagens e a vivência de experiências novas, com vista à promoção da melhoria do bem-estar físico, mental e o equilíbrio emocional”, acrescentou.

Lusa