"Registou-se um aumento substancial de pedidos de ajuda, principalmente de pessoas que ficaram desempregadas e sem meios para suportarem as mensalidades com a habitação", disse à agência Lusa Pedro Poucochinho, chefe de gabinete da presidência da autarquia.

Segundo aquele responsável, em 2011 os serviços sociais deferiram 1.456 pedidos de apoio social, entre os quais ao arrendamento, alimentação e medicamentos, número que aumentou para 1.982, em 2012.

"Cerca de 50 por cento dos apoios são para habitação, 35% para medicamentos e 15% para alimentação", concretizou.

Segundo Pedro Poucochinho, "só a ajuda para habitação representa um encargo de 50 mil euros mensais para o município", acrescentando que "não estão a ser ajudadas mais famílias, porque não reúnem condições para suportarem a comparticipação a que estão obrigadas".

"É que, por lei, a autarquia apenas pode atribuir uma ajuda até 50% do valor total da prestação mensal com a habitação, ficando o restante a cargo das pessoas", sublinhou.

A dificuldade em assegurar a comparticipação, tem, segundo aquele responsável, "levado as pessoas a desistirem dos processos de ajuda".

A Câmara de Portimão atribui ao aumento do desemprego a deterioração das condições de vida da população, prevendo que, em 2013, "aumentem os pedidos de ajuda para que as pessoas consigam sobreviver dignamente".

Lusa