A Agência Lusa teve acesso a um comunicado da autarquia que foi colocado por baixo das portas das habitações, a dar conta à população de que iria ser “brevemente contactada” por médicos devidamente credenciados para fazerem um diagnóstico à sua saúde no domicílio.
Os médicos cubanos estão a trabalhar para a Câmara de Vila Real de Santo António ao abrigo de um protocolo de cooperação na área da saúde estabelecido entre o município e as autoridades cubanas, segundo uma fonte da autarquia.
Esta colaboração permitiu que a Câmara de Vila Real de Santo António fosse pioneira, em 2007, no envio de munícipes a Cuba para efetuarem tratamentos médicos que eram difíceis de obter através do Serviço Nacional de Saúde no Algarve, como operações às cataratas.
“Informa-se que está a decorrer um programa denominado ‘Saúde, Porta a Porta’, destinado a efetuar um diagnóstico à saúde da população do nosso concelho. Assim, e durante os próximos dias, médicos devidamente credenciados irão contactá-lo (a) nesse sentido”, pode ler-se no comunicado, que está assinado pelo presidente da autarquia, Luís Gomes (PSD).
A Lusa tentou ouvir o presidente da Câmara para obter mais esclarecimentos sobre a medida, como o número de médicos que estão no terreno, o tipo de trabalho que fazem ou se têm capacidade de prescrição em Portugal, mas foi informada, após sete dias de contactos com o gabinete de comunicação, que não era possível falar com o autarca por questões de agenda.
A iniciativa “Saúde Porta a Porta” não foi anunciada à comunicação social e só foi divulgada através dos comunicados distribuídos à população, frisou uma fonte da autarquia.
Além dos tratamentos médicos realizados em Cuba, a colaboração do município algarvio com as autoridades de saúde da ilha caribenha prevê também a instalação de uma clínica com médicos cubanos no complexo desportivo de Vila Real de Santo António, que é muito utilizado por atletas profissionais para realização de estágios desportivos.
Lusa
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