A Câmara de Vila Real de Santo António anunciou na terça-feira que as duas praias da zona balnear de Manta Rota vão estar ligadas por um passadiço de madeira de aproximadamente dois quilómetros, para proteger o cordão dunar.
A obra vai permitir criar, segundo o município, o “maior passadiço pedonal do sotavento e um dos maiores da região do Algarve” e “diminuir os percursos pedonais através das dunas, protegendo assim o cordão dunar” entre as praias de Manta Rota e da Lota, ao longo de cerca de dois quilómetros.
“A implantação desta estrutura pedonal em madeira (sobrelevada em mais de 1,2 quilómetros) irá unir a zona final do parque nascente da Manta Rota (junto aos campos de ténis) à passadeira da praia da Lota, de onde prosseguirá até à Ribeira do Álamo, na fronteira com o concelho de Castro Marim”, precisou a autarquia num comunicado.
Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, disse à agência Lusa que a estrutura faz parte das medidas que a Agência Portuguesa do Ambiente tinha pedido para serem implementadas a título de mitigação ambiental pelas obras que o município está a realizar na rede de saneamento básico do concelho.
O autarca explicou que, sobretudo no verão, “há muitas pessoas que circulam a pé entre as duas praias através de caminhos pelas dunas” e o passadiço “vai evitar que o cordão dunar seja pisado e destruído”.
Luís Gomes disse ainda que a medida “não irá influir na circulação automóvel entre as duas zonas balneares”.
A autarquia referiu ainda no comunicado que o passadiço vai criar uma “rota pedonal continua com mais de dois quilómetros sempre junto à linha de mar”, que contará com “diversas zonas de lazer e descanso” e se prolongará “à zona nascente da Manta Rota”, terminado na foz da Ribeira do Álamo, fronteira natural entre os concelhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim.
A obra está orçada em 307 mil euros e é financiada a 70% pelo Programa Operacional Regional do Algarve (PO Algarve21), devendo estar concluída no final do mês, adiantou a autarquia.