“São 17 medidas que visam que a autarquia tenha um papel ativo na área da empregabilidade, desde logo trabalhando com as pessoas que estão no desemprego para encontrar soluções para as integrar no mercado de trabalho”, afirmou o presidente da Câmara local, Luís Gomes, aos jornalistas.
O autarca apontou três exemplos já em prática: um curso de guias turísticos realizado em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a integração de desempregados da construção civil na reabilitação urbana e de bairros sociais e a criação de quiosques de artesanato, doçaria ou frutaria no centro histórico.
“Somos uma terra com grandes ativos naturais e vamos tentar dar uma forte formação em conservação da natureza. O nosso mercado turístico é sobretudo proveniente da Holanda e vamos dar formação em holandês, o que não é fácil porque só havia um formador acreditado no Algarve. E vamos procurar dar apoio logístico para que as pessoas possam criar as suas próprias empresas”, acrescentou.
Sobre os quiosques, Luís Gomes disse que o objetivo é “complementar e diversificar a oferta comercial já existente, criando um centro comercial a céu aberto e apostando no artesanato ou na frutaria e doçaria tradicionais”, para criar ofertas “não concorrenciais a quem já tem a sua loja e paga impostos e taxas municipais” e dar “condições para que as pessoas criem o seu próprio emprego e a sua própria atividade económica”.
O autarca não quis apontar um número de postos de trabalho que o plano pode vir a criar, sublinhando que “o importante é a câmara não assobiar para o lado e não endossar todas as responsabilidades” para o Governo.
“É um objetivo de todos nós e procurámos dar o contributo para que as pessoas tenham acesso ao mercado de trabalho, envolvendo toda a comunidade. Foi isto que passámos um ano a fazer, a construir este instrumento que não é um livro com teorias sobre o mercado de emprego, porque as pessoas estão fartas e querem ver medidas concretas que melhorem a sua qualidade de vida”, concluiu.
O documento foi elaborado pelo Instituto de Estudos Regionais e Urbanos da Universidade de Coimbra, em colaboração com IEFP, a Câmara Municipal, as escolas do concelho e associações empresariais.
O secretário de Estado considerou que estas iniciativas são importantes porque tentam criar dinamismo no emprego a nível local e criam uma lógica de complementaridade entre as medidas que o Governo está a tomar para combater o desemprego.