Em declarações à Lusa, António Eusébio referiu que o pelouro da autarquia que atualmente faz mais atendimento ao público é o social, chegando a formar-se filas de pessoas que pedem auxílio, quer ao nível da habitação ou do emprego.

O projeto, lançado no ano passado, inclui a construção em 20 lotes – 17 para venda a custos controlados e 3 para serem arrendados pela autarquia a tarifas sociais -, que deverão estar prontos a estrear no verão.

“Os lotes já estão pensados num contexto da crise e da autarquia ter percebido que algumas famílias têm dificuldade em ter a sua casa própria”, salientou o autarca, lamentando que os apoios do Estado nesta área tenham deixado de ser tão “incisivos”.

Este é o primeiro projeto de habitação a custos controlados do concelho, situado a Norte de Faro e para onde, nos últimos anos, se têm deslocado muitas famílias de concelhos próximos devido ao valor mais atrativo das habitações.

António Eusébio, que em 2011 vai gerir um orçamento de 14 milhões de euros, refere que é preciso investir “mais nas pessoas” e “menos nas obras”, sublinhando que mais vale “adiar o investimento” em função do apoio social.

Para este ano a autarquia alargou algumas medidas sociais já existentes e lançou novas para ajudar as famílias que vivem em situação de pobreza no concelho que, de acordo com o levantamento feito pela autarquia, são pelo menos 150.

O lançamento de uma loja social, de uma tarifa social de resíduos e a atribuição de bolsas de estudo de mérito aos jovens carenciados que queiram ingressar no Ensino Superior são algumas das novas medidas da autarquia para combater a pobreza.

A distribuição de alimentos a famílias desfavorecidas e a intervenção em lares carenciados através do programa “Mão Amiga” foram também alargados para dar maior resposta às necessidades da população.

Lusa