A Diocese do Algarve propõe este ano para a catequese no tempo do Advento uma campanha de sensibilização para a paz.
Intitulada “Construtores da Paz”, a iniciativa de preparação para a vivência do Natal irá decorrer do primeiro domingo do Advento, 3 de dezembro, ao Dia Mundial da Paz, 1 de janeiro, incluindo os dias de Natal e de Ano Novo.
“Queremos propor para este Advento, uma campanha centrada no valor da paz e na forma como podemos construí-la na nossa vida de todos os dias e também nesta dimensão da catequese”, começou por explicar o diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve, padre Pedro Manuel, na apresentação da campanha que decorreu ontem à noite em direto na página do Setor Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência (SDCIA) na rede social Facebook.
“Num mundo martirizado pelas guerras sugerimos que neste Advento as nossas catequeses sejam promotoras, construtoras e anunciadoras da Paz!”, começa por referir a proposta, explicando que a “campanha não se reduz à sala de catequese”, mas convida a “uma caminhada comunitária, familiar e, sobretudo, pessoal”. “Como construtores da Paz queremos oferecer a Jesus o que o nosso coração tem de melhor para a construir”, explicita, acrescentando: “Em cada domingo, oferecemos um presente Àquele que é a nossa paz, a Jesus”.
A proposta refere que “a dinâmica pode partir mesmo da imagem visual de um presente/caixa de onde sairá uma surpresa para cada semana” para lançar a interpelação: “Qual é o meu presente para Jesus?”. “Nos nossos dias, num «mundo dilacerado pela discórdia» precisamos não só de apelos à Paz, mas, principalmente, de gestos concretos de paz também no nosso dia a dia”, reforça, lembrando os conflitos armados “na Ucrânia, na Terra Santa, no Sudão, na Síria, entre outras”, que “devem tornar o coração mais próximo e sensível a quem sofre e está caído com falta de esperança”.
A dinâmica proposta em torno da “árvore da paz” — a oliveira —, sugere que se coloque aos seus pés os presentes que os “construtores da paz” querem oferecer a Jesus. “A colocação desta árvore deve ser visualmente localizável na igreja, ou junto do altar ou no local onde se montará o presépio da comunidade”, explicou o padre Pedro Manuel, acrescentando que “em cada semana, no ato penitencial, no início da homilia ou no [momento] pós-comunhão, podem fazer-se os gestos que se indicam ou apenas alguns deles, conforme a opção e o ritmo de cada paróquia”.
Esses gestos concretizam-se no aparecimento dos presentes nos quais estarão os diferentes símbolos: no primeiro domingo, o coração; no segundo, uma vela; no terceiro, um smiley (ideograma básico que representa um rosto sorridente); no quarto, um envelope; no Dia de Natal, uma manjedoura; e no Dia de Ano Novo, uma pomba. “A simplicidade da campanha convida a que o símbolo seja decorado, sobretudo, com as nossas palavras e com o sentido que lhe queremos dar”, advertiu.
A campanha sugere ainda para cada domingo “uma pequenina reflexão que pode ser para o início da Eucaristia ou para o momento da campanha, uma oração que pode acompanhar o gesto ou o abrir da caixa com o presente”, desenvolveu o sacerdote, acrescentando ainda “um desafio” para cada semana, constituído por “algumas especificidades”. “No primeiro domingo oferecer um bem alimentar não perecível para o serviço paroquial de apoio aos mais cadenciados; no segundo comprar uma vela da Cáritas para ajudar a campanha ‘Dez Milhões de Estrelas’; no terceiro visitar um doente ou um idoso durante essa semana; no quarto escrever uma carta a Jesus e convidá-lo para vir a nossa casa e ao nosso coração; no Dia de Natal fazer uma oração em família; e no Dia de Ano Novo rezar um mistério do terço”, explicitou.
Aquele responsável, que informou que as oliveiras poderão ser encomendadas na próxima semana através do SDCIA, reforçou que a campanha “pode ser também vivida em contexto de sala de catequese” e também nas “próprias casas ou na igreja”. “Pedimos, como é habitual, que cada paróquia, em cada semana, nos envie fotografias do desenvolvimento da campanha”, apelou.
O sacerdote realçou que “as comunidades têm a liberdade suficiente para ajustar a campanha à sua realidade” e “especificidade”. “É uma proposta que nos convida a todos a vivermos em sintonia este mesmo ideal”, sublinhou.
O Advento, é o tempo (o primeiro) do ano litúrgico, que precede e prepara o nascimento de Cristo, constituído, no calendário religioso, pelas quatro semanas que antecedem o Natal.