Em declarações à agência Lusa, Pedro Barros, presidente da Associação Académica da UAlg, afirmou que “as três cantinas da Universidade em Faro têm funcionado muito bem” e “houve um aumento do número de estudantes a recorrerem a este serviço” devido ao menor custo relativamente aos preços praticados no exterior dos três campus do estabelecimento de ensino.

Pedro Barros disse não poder quantificar a proporção do aumento, mas assegurou que “é óbvio que há mais alunos a pouparem na alimentação e a recorrerem aos refeitórios”, onde é servida atualmente “uma média de 1.000 pessoas” a cada refeição.

O presidente da Associação Académica da UAlg disse que esta tendência é também visível no restaurante que a estrutura que dirige gere, onde “se está a verificar um decréscimo do número de refeições servidas”, com as “pessoas a recorrerem cada vez mais aos refeitórios da Ação Social da universidade por terem preços mais baixos” em cerca de 1,5 euros.

Situadas nos Campus das Gambelas, Penha e Escola Superior de Saúde, os três refeitórios não sofreram alterações no seu funcionamento e “continuam a trabalhar de segunda-feira a sábado, servindo almoços e jantares todos os dias”, acrescentou o presidente da Associação Académica.

Pedro Barros disse que, apesar da crise, houve no início do ano um aumento dos preços, tanto nos refeitórios como nos bares, mas sublinhou que “não foram subidas muito grandes e significativas para os estudantes” e exemplificou com o preço das refeições, que “custam 2,30 euros compradas antecipadamente ou 2,50 adquiridas no próprio dia e subiram apenas 10 cêntimos”.

Questionado pela Lusa sobre a adoção de outras medidas para permitir aos estudantes menor custo com as refeições, como a disponibilização de micro-ondas para aquecer refeições trazidas de casa, o dirigente da Associação Académica da UAlg respondeu que não, mas admitiu que é uma opção a ponderar.

“Essa é uma solução que nunca foi pensada, mas que poderá ajudar alguns estudantes a enfrentar as dificuldades”, reconheceu.

Lusa