Lembrando que são os estudantes que “pedem uma celebração para a bênção das pastas”, o sacerdote destacou este facto como um indício de esperança. “Ainda são sinais daquelas «sementes» maravilhosas que os vossos avós lançaram ao «terreno»”, disse, considerando haver momentos em que se sente que “a Europa está a ter medo da sua própria história e a desrespeitar-se a si mesma”. “Só respeitando a história, corrigindo os erros do passado, é possível continuarmos a desenvolver a espécie a que todos nós pertencemos. Queridos finalistas não permitam que o desânimo da Europa entre nas vossas mentes. Sejam firmes e lutem pelos vossos objectivos, mas sempre com um factor comum em evidência: Jesus Cristo, que é sinal de paz e amor”, advertiu.
No início da celebração da Palavra, participada por muitos milhares de estudantes finalistas, familiares e amigos, apesar do dia que prometia chuva que durante a celebração acabou por não cair, o capelão da UAlg desejou um futuro auspicioso aos ainda estudantes. “Todos esperamos que tenham trabalho e emprego depois do curso. Vamos pedir que este dia chuvoso seja sinal de um terreno fecundo e que vocês sejam fecundos por terem trabalho”, desejou o presidente da celebração, considerando que “toda a sociedade tem de ter criatividade para que estas mentes magníficas possam produzir algo de bom para este mundo e, particularmente, para esta Europa que se está a sentir velha e cansada”.
No final da celebração, que contou também com a participação do reitor da UAlg, João Guerreiro, do presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, e do presidente da Associação Académica da UAlg, Guilherme Portada, os finalistas entregaram ao padre César Chantre um donativo no valor de 1.100 euros para a Madeira. O capelão, que agradeceu e classificou aquele como um “sinal de solidariedade muito bonito”, garantiu que o Bispo do Algarve há-de escrever à academia para informar quem recebeu o donativo.
Na celebração da Palavra, promovida em colaboração pela Capelania e pela Associação Académica da UAlg, e que teve início com o cumprimento de alguns momentos de silêncio em memória de membros falecidos da comunidade académica, o padre César Chantre pediu ao reitor “que continue a conduzir a universidade no caminho da investigação” e ao presidente da Câmara que a cidade continue a “olhar com muito carinho e amor” para os universitários. “Quem sabe se, no futuro, tenhamos de fazer esta festa no Estádio do Algarve ou num futuro pavilhão multiusos”, apontou.
Samuel Mendonça