Aquela iniciativa, promovida pela Caritas Europa em pleno Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, visa a recolha de 1 milhão de assinaturas para serem entregues no Parlamento Europeu até ao final do ano.

Em Portugal terão de ser conseguidas 30 mil assinaturas e, concretamente no Algarve, a petição terá de chegar às 1250 subscrições.

Desta forma, a instituição algarvia já contactou as paróquias no sentido de promoverem a recolha.

O presidente da Caritas do Algarve alerta que “não podemos ficar de braços cruzados” perante o actual cenário de crise que se abate sobre o mundo e concretamente sobre a Europa, com consequências mais gravosas sobre os mais pobres. “Já sabemos que o Estado Social Europeu vai morrendo aos poucos. Se não houver ninguém que levante a voz por aqueles que pouca voz têm, ainda pior ficarão”, adverte Carlos Oliveira, considerando que esta iniciativa pode ser uma “pedrada no charco”.

Aquele responsável espera que a petição tenha eco na comunidade europeia, ainda que receie que este possa não ser o desejado “atendendo às preocupações que se abatem hoje sobre a Europa”. “Orçamentos de Estado, desemprego ou fome são problemas que têm muito a ver com isto e que afectam a comunidade europeia e estão contemplados nesta petição”, alerta.

A petição pede aos responsáveis políticos a erradicação da pobreza infantil na Europa, o assegurar de um nível mínimo de protecção social para todos, o aumento da prestação de serviços sociais e de saúde e a consignação de um emprego digno para todos.

Samuel Mendonça