Aquela responsável considera igualmente que os grupos de catequese devem ser constituídos, no máximo, por 12 elementos, mesmo que o catequista tenha um auxiliar. “Se aparecerem 30 crianças para um catecismo e não houver outro catequista, posso aceitar essas 30 e dividi-las em três grupos porque também os grupos não podem ser muito grandes”, defende, justificando ser preciso “ter um diálogo” com cada criança. “Precisamos saber como foi a semana de cada um, como é que cada um pôs em prática o que recebeu na semana anterior. Se há um compromisso, tenho de o partilhar com o meu grupo no dia seguinte e, se o catequista tem vários catecismos, isso é impossível”, sustenta.
A irmã Maria de São Paulo Monteiro lembra que “é Deus que se serve do catequista para se comunicar”. “O catequista deve tomar consciência de que é chamado por Deus e instrumento nas suas mãos para ser facilitador da comunicação que Deus quer fazer com cada um”, alerta.
Reconhecendo que a realidade de catequistas orientadores de grupos de diversos anos de catequese é, “infelizmente”, um problema “geral” na Europa, a consagrada considera que a solução poderá estar no encaminhamento vocacional das novas gerações. “Os catequizandos que estão no 9º/10º ano de catequese podem estar a receber a sua catequese e ir logo ajudando um catequista. O adolescente tem uma capacidade muito grande de doação, gosta de ser solidário e de ajudar. Se os estimularmos vão recebendo e sentido o gosto de servir e, depois de crismados, fazem o Curso de Iniciação”, explica a irmã Maria de São Paulo Monteiro.
Ir. Maria de São Paulo Monteiro é a nova responsável pelo setor da catequese da Igreja do Algarve
Natural de Marco de Canaveses, no distrito do Porto, a irmã Maria de São Paulo Monteiro veio este ano para o Algarve substituir a irmã Alda Rego, no Setor Diocesano da Catequese da Infância e da Adolescência.
A religiosa esteve 20 anos em África (5 em Moçambique e 15 em Angola), onde foi educadora de infância. Em 1984 saiu de Angola (onde esteve 10 anos como voluntária no apoio às populações durante o período da guerra) com destino a Roma para completar estudos, tendo regressado a Portugal em 1988.
Desde então tem trabalhado nos Secretariados da Catequese, tendo estado, primeiro, na Diocese de Portalegre-Castelo Branco (12 anos), depois na Diocese de Viseu (3 anos), seguindo-se uma passagem pelo Centro Catequético, em Fátima, com uma colaboração no Centro de Catequese da paróquia local e, por fim, a estadia na diocese açoriana de Angra do Heroísmo (7 anos).
Chegou à Diocese do Algarve em finais do mês de agosto, tendo entrado ao serviço no dia 1 de setembro.